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Tipos de cuidar

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Pais e filhos têm uma relação que é para vida toda e que influencia na personalidade e no modo de agir de cada um. Mas quais as características ajudam a diferenciar essas relações? Como os estilos de cuidado se refletem no comportamento das crianças? Essas são algumas perguntas respondidas por Túlio Custódio e Vitória de Moraes no sexto episódio da série de podcasts Gente Investiga.

O programa traça um paralelo entre o estilo de cuidar e criar através dos tempos. A partir do século XVI, tanto a Igreja como os sistemas monárquicos iniciaram uma fase de intensa valorização da infância. Foi quando, mais precisamente em 1685, o padre português Alexandre de Gusmão publicou o livro “A Arte de Criar bem os Filhos na Idade da Puerícia”. A obra dá uma boa ideia dos valores da época e, em resumo, prega que não há uma boa criação sem castigo e até, vejam só, associa a criação de uma criança aos ensinamentos dados de um cavalo — usando uma vara para corrigir os defeitos e espora para estimular a seguir o caminho.

Hoje, claro, isso está ultrapassado. Mas naquela época, o que os padres e a igreja falavam era a única fonte de informação que os pais tinham em relação a criação dos filhos. Felizmente, com o desenvolvimento e a democratização da ciência, as informações passadas por pedagogos e psicólogos passaram a ser ouvidas. Hoje, segundo aponta no podcast, Vitória de Moraes, analista de inteligência de mercado do Canal Gloob, os estilos de cuidado derivam de um estudo americano baseado em três pilares: um estilo mais autoritário, onde os pais controlam a vida dos filhos em todos os sentidos; um estilo mais permissivo, onde as crianças podem definir desejos e prioridades; além de um terceiro modelo, um meio onde as crianças são ouvidas, suas opiniões levadas em conta, mas as decisões finais cabem aos pais.

Para identificar como essas características estão presentes nas famílias brasileiras hoje, foram entrevistados 1.083 pais e filhos (entre 6 e 9 anos de idade) das regiões Sudeste, Sul, Nordeste e Centro-Oeste, das classes ABC. “Quando investigamos o tema, não achamos muitos dados que quantificavam esses comportamentos a respeito de como a criança responde aos estímulos que recebe de casa. Então, surgiu a ideia de fazer um estudo para entender essa relação atual”, diz Vitória. O estudo “Vem de Casa“, disponível aqui na plataforma Gente, deixa claro que a maioria dos pais, hoje, concorda que orientar é melhor do que impor regras. Logo. isso aponta para uma evolução e mostra uma abertura a um modelo de escuta mais apático e menos repressivo. “Existem muitas infâncias distintas hoje, ainda mais nosso país que é muito grande e diverso. “Isso é ótimo, porque um novo milênio necessita de um novo modelo de criar: com mais afeto e escuta”, finaliza Vitória.

Vem com a gente.