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Doação e empatia em uma sociedade fragmentada

Gente #24

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Gente Investiga debate sobre o papel do brasileiro no fortalecimento da cultura de doação

Apesar de ser conhecido como um país solidário e acolhedor, o ecossistema de doações ainda é um espaço pouco explorado pelos brasileiros. Durante a pandemia, o cenário de práticas filantrópicas no Brasil sofreu algumas mudanças, desencadeando uma rede intensa de apoio nos primeiros meses da emergência sanitária causada pela Covid-19. Segundo dados da Associação Brasileira de Captadores de Recursos, entre 31 de março e 31 de julho de 2020 foram doados 7,16 bilhões de reais.

Para falar sobre o papel do brasileiro nesse universo e entender o lugar dos doadores no espaço de reconstrução social pós-pandemia, no novo episódio do podcast Gente Investiga, o sócio e curador de conhecimento da Inesplorato, Túlio Custódio, entrevista Rafael Marques, supervisor executivo da área de Valor Social da Globo e responsável pela implementação e gestão de projetos ligados à cultura de doação, como Criança Esperança e Para Quem Doar.

Criança Esperança já arrecadou mais de R$ 420 milhões de reais e já beneficiou mais de quatro milhões de crianças, adolescentes e jovens em todo país, em seus 36 anos de existência. Já o canal Para Quem Doar – que reúne diversas iniciativas para conectar pessoas que desejam ajudar instituições que precisam de apoio – já publicou mais 200 campanhas, ao longo de seus quase dois anos de atuação. Em sua iniciativa mais recente, a plataforma reuniu organizações e locais que estão apoiando as famílias atingidas pelas chuvas que devastaram a cidade de Petrópolis nas últimas semanas, na região serrana do Rio de Janeiro.

Rafael conta que de fato existe uma cultura solidária no Brasil, mas essa faceta generosa aparece com mais força em momentos críticos. “Quando a gente olha para as situações de calamidade pública, por exemplo agora na pandemia ou situações de desastres naturais, você vê que o brasileiro responde rápido. Ele tem uma identificação muito rápida e é muito generoso nesses momentos. Você ajuda muito mais por uma decisão emotiva. E nesses episódios de calamidade isso é muito escancarado”, afirma.

O executivo também aproveita para destacar os desafios do país em desenvolver hábitos de doações mais maduros, e comenta sobre as travas que precisam ser superadas para o real encontro dos brasileiros com a solidariedade. “Fazer o brasileiro entender que aquela doação dele, aquele hábito de doar, na verdade, é um investimento que ele está fazendo na sociedade.”, conclui.

Ouça com a gente!





Coordenação Geral: Cris Bartis, Ju Wallauer e Carlos Merigo
Apresentação: 
Túlio Custódio
Direção Criativa: 
Alexandre Potascheff
Roteiro: Renan Dissenha Fagundes 
Edição: 
Gabriel Pimentel
Transcrição: 
Camila Souza

Texto: Globo

Imagem: Arte sobre fotografia – vilma3000 © stock.adobe.com