A conversa com a Goodby, Silverstein & Partners no NBC 2009
Ao final do NBC 2009, nesta quarta-feira, os editores do Brainstorm #9 bateram um bom papo com Mike Geiger e William MacGiness, diretores de criação interativos daquela que deveria ter sido a Agência do Ano em Cannes Lions 2009, mas foi garfada por um regulamento injusto e jurássico.
OK, mas a Goodby, Silverstein & Partners ainda pode se gabar de ser uma agência (que era) tradicional reconhecida hoje como uma gigante no universo digital. Até por isso, ficou com o título de Agência Interativa do Ano no festival, somando três Titanium’s e mais uma dezenas de Leões.
A palestra de Geiger e MacGiness não trouxe nenhuma novidade. Apresentaram uma série de cases premiados, conhecidos de pelo menos 80% da plateia. [Veja o que já postamos sobre os trabalhos da GSP aqui no Brainstorm #9]. Todo mundo esperava mais do que isso, até que mostraram um novo trabalho, ainda em desenvolvimento, para a HP. O “Summit On The Summit” é um projeto de cunho social e ambiental que pretende mostrar que mais de 1 bilhão de pessoas não tem acesso à água potável.
A ideia é oferecer um #tripstreaming de pessoas desafiadas a escalarem o Monte Kilimanjaro. Durante a viagem, esse influenciadores globais discutirão o problema e as soluções para a crise da água, convocando a participação da audiência com apoio e doações.
Assim como o Kilimanjaro, o site terá 6 mil metros de altura, transformando a sua barra de rolagem em um caminho gigantesco a ser percorrido. O “Summit On The Summit” estreia na semana que vem, e a escalada terá início em janeiro de 2010.
Com o fim da palestra, Mike Geiger e William MacGiness sentaram ao lado de Cris Dias, Daniel Sollero, Luiz Yassuda e Rodrigo Zannin para conversar sobre o dia a dia de uma agência como a Goodby, Silverstein & Partners. Você pode pensar que direi isso apenas porque estávamos participando, mas foi o momento mais interessante do dia, por um simples motivo: conversa real, sem superlativos, sem video-cases, sem falar apenas do consagrado.
Mais do que discutir os conhecidos cases, as perguntas buscaram entender aquilo que o mercado todo se pergunta: modelos de trabalho e os cases de fracasso que ninguém fica sabendo.
Geiger e MacGinnes contaram do processo demorado de digitalização da agência, que demorou cerca de 5 anos para atingir um bom nível. Além disso, mostraram que não existe um modelo de núcleo, setorzinho e contratações de profissionais a torto e a direito.
A Goodby trabalha em um esquema parecido com a indústria de cinema, com profissionais e especialidades contratadas de acordo com a demanda de cada projeto, aliados com a terceirização de processos e produções específicas.
Os dois diretores de criação ainda falaram sobre as dezenas, centenas de trabalhos comuns para clientes que fazem parte do cotidiano de qualquer agência, e que a Goodby também não foge a regra. Em 2008, a Goodby fez cerca de 160 sites, para “apenas” 5 serem premiados e ganharem representatividade no mercado.
Ao serem perguntados sobre a publicidade digital no Brasil, a dupla comentou que acompanha o que acontece por aqui, já que o trabalho de comunicação na internet é global. As agências digitais brasileiras que mais se destacam, na opinião de Geiger e MacGinnes, são a Gringo e o Grupo W
. O que eles não sabiam, é que o Grupo W é do México, e não do Brasil. Um detalhe geográfico, é claro.
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