Vamos falar um pouco sobre o carro autônomo?
Os estágios de implantação da tecnologia e em que nível estamos hoje
O Salão Internacional do Automóvel de São Paulo também reservou algum espaço para falar sobre o carro autônomo. Aqui, claro, falamos sobre o tema de uma maneira bem abrangente: não apenas sobre os carros que se pilotam sozinhos, mas também a tecnologia embarcada nos carros de hoje para aumentar a segurança das pessoas.
Nos últimos três anos, a indústria automobilística investiu o equivalente a 300 bilhões de reais (bilhões, com B mesmo) em tecnologias que aumentem a segurança nas ruas, tanto para o motorista e seus passageiros quanto para o pedestre.
Mas em que estágio estamos?
É importante explicar que a indústria dividiu a automação dos automóveis em cinco estágios, sendo que os dois primeiros já são amplamente comercializados.
O primeiro estágio de automação diz respeito à ferramentas que auxiliem algum esforço contínuo do motorista. O tal botão de controle de velocidade que pode ser acionado para manter a velocidade continua numa estrada é um exemplo deste nível de automação.
Já o segundo estágio diz respeito a algumas respostas ao ambiente que passam a ser automatizadas. Por exemplo: o sistema que controla aceleração e frenagem para evitar colisões traseiras e o sistema que mantém o carro na faixa de rolagem.
O terceiro estágio debuta no Brasil: a Audi trouxe alguns sistemas em seu novo modelo A8, como scanner a laser e sensores mais robustos para permitir que o carro dirija sozinho numa rua de mão única ou que possua canteiro central que separe a pista contrária, com o limite de 60km/h. Em outras palavras: o carro assume o controle durante o trânsito mais intenso das cidades, e o nome da função diz exatamente isso – Traffic Jam Pilot
. Há ainda um sistema que estaciona o carro, podendo ser acionado e controlado até remotamente.
Os próximos estágios ainda estão por vir: quando o carro começar a se conectar com outros sistemas de controle de trânsito e automatizar respostas mesmo em situações de risco (nível 4) e o veículo que dispensa completamente o motorista (nível 5).
É claro que aqui se desenvolve uma visão muito particular sobre o tema, sob a ótica da indústria automobilística. Outros tipos de empresa também vêm investindo pesado neste campo e ajudam a desenhar uma tendência de que carros dispensem a posse e se tornem serviço. Até lá, seguimos acompanhando a evolução desta intrigante tecnologia.
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