The Fundamental Templates of Quality Ads
Em seu mais recente post, o amigo Fábio Seixas citou um estudo chamado “The Fundamental Templates of Quality Ads”. Uma pesquisa que revela seis modelos básicos em que para uma propaganda ter sucesso, supostamente, ela precisaria estar encaixada.
O estudo, relizado em 1999, reuniu um grupo de 200 anúncios bem-sucedidos, ou seja, que foram finalistas e vencedores nas maiores competições de propaganda. Desse montante, foi descoberto que 89% das peças poderiam ser classificadas em seis categorias básicas.
| Modelo de Analogia Pictória: Apresenta analogias extremas de uma maneira visual;
| Modelo de Situações Extremas: Onde um produto é mostrado em situações incomuns ou o atributo do produto é exagerado ao extremo;
| Modelo de Conseqüências: Onde aponta conseqüências inesperadas de um atributo do produto;
| Modelo de Concorrência: Onde um produto é mostrado como vencedor de uma competição com outro produto, em geral em uma situação de uso incomum;
| Modelo de Experiências Interativas: Onde os espectadores interagem diretamente com o produto;
| Modelo de Alteração de Dimensionalidade: Onde as dimensões do produto são manipuladas em relação ao ambiente.
No mesmo estudo, os pesquisadores tentaram utilizar os seis modelos para classificar outros 200 anúncios (das mesmas publicações e para os mesmos tipos de produtos) que não receberam prêmios. Supreendentemente, quando os pesquisadores tentaram classificar esses anúncios “de menor sucesso”, só conseguiram fazer de 2% deles.
Esse tipo de classificação não é nova. Roberto Menna Barreto, em seu livro “Criatividade em Propaganda” de 1982, por exemplo, já havia definido a criação publicitária em categorias, falando de aventura visual, hard-sell, ambiente onírico, e etc. Aliás, já comentei deste livro diversas vezes desde que o Brainstorm #9 começou e o coloco como biblioteca básica para qualquer estudante de comunicação.
Agora, é realmente impressionante que os anúncios premiados em festivais se encaixem quase que em sua totalidade dentro da classificação. É para se pensar, conhecer, mas acho perigoso. Pois esse tipo de pesquisa enviesa as pessoas ao comodismo, abraçando-as como se fossem receitas de bolo. Lembre-se, não existe receita para se fazer boa propaganda. Cada caso é um caso, cada problema é um problema.
O Fábio selecionou exemplos de comerciais que estão dentro dos seis modelos básicos, dê uma olhada.
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