“O Grande Circo Místico” é escolhido para representar o Brasil no Oscar 2019
Filme de Cacá Diegues superou adversários como “Benzinho” e “As Boas Maneiras” e será inscrito pelo país para disputar a estatueta de Melhor Filme Estrangeiro
A Academia Brasileira de Cinema anunciou hoje (11) que “O Grande Circo Místico” será o representante do Brasil na próxima corrida pelo Oscar de Melhor Filme Estrangeiro. A notícia, divulgada em coletiva de imprensa realizada na Cinemateca Brasileira, acontece dezesseis dias depois que a comissão organizada pela instituição liberou a lista dos 22 filmes que tinham se inscrito para disputar a vaga.
Desde 2015 em produção, o novo representante brasileiro é de autoria do cineasta Cacá Diegues e conta no elenco com nomes como Jesuíta Barbosa, Bruna Linzmeyer, Vincent Cassel, Antônio Fagundes e Mariana Ximenes. Conhecido do público por filmes como “Bye Bye Brasil” e “Deus é Brasileiro”, Diegues estreou “O Grande Circo Místico” no Festival de Cannes deste ano, onde viu seu novo trabalho ser recebido com críticas em sua maioria negativas, incluindo dos grandes veículos do meio como Variety e The Hollywood Reporter.
A oficialização do longa como representante nacional também deve gerar polêmica nos próximos dias por conta do longo e silencioso jogo de intrigas por trás da eleição da produção. Depois de ter defendido o atual ministro da Cultura Sérgio Sá Leitão em sua coluna no jornal O Globo, Diegues não só viu o ex-administrador de sua produtora Luz Mágica Produções, Christian de Castro, ser nomeado presidente da Ancine pelo atual governo como também ele próprio foi eleito no último dia 30 de agosto um dos imortais da Academia Brasileira de Letras, numa decisão que também causou controvérsia por sua escolha no lugar da escritora Conceição Evaristo – que poderia ter se tornado a primeira mulher negra a ocupar uma cadeira na instituição.
Filmes como “Benzinho”, “As Boas Maneiras” e “O Animal Cordial” também estavam entre os projetos que pleiteavam a vaga de representante brasileiro na disputa pelo Oscar. Em agosto, o produtor Rodrigo Teixeira criticou o atual processo de escolha do longa a ser inscrito pelo país na premiação – saiba mais aqui
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