Por US$ 400 milhões, Apple finalmente compra o Shazam
Negociação demorou por conta de burocracia envolvendo países da União Europeia
Há pouco mais de um ano, a Apple abriu negociações para comprar o Shazam, um dos mais populares aplicativos do mercado. Agora – finalmente – a empresa confirmou a compra por um valor que gira em torno de US$ 400 milhões. O Shazam consiste em um app capaz de identificar qual música está sendo tocada.
A demora se deve a uma solicitação de países como a Austria, França e Espanha, que exigiram uma revisão da compra por conta de uma lei de fusão da União Europeia. Os países estavam preocupados com a forma como serviços de streaming de música – como o Spotify e o Deezer, por exemplo, que são sediados em países da UE – ficariam caso o Shazam torne seus recursos exclusivos para o serviço de música da Apple, o Apple Music. A União Europeia, porém, decidiu que a compra é válida, e os concorrentes do Apple Music não correm risco.
“Depois de analisar minuciosamente os dados do Shazam, descobrimos que a aquisição deles pela Apple não reduziria a concorrência no mercado de streaming de música digital”, disse Margrethe Vestager, chefe da Comissão Europeia em um comunicado
. O grupo também relata que o acesso aos dados do Shazam não aumentaria substancialmente a capacidade da Apple de atingir os usuários e qualquer conduta que visasse fazer com que os clientes migrassem para seu serviço teria apenas um impacto insignificante”.
A conclusão da UE, porém, não significa que o Shazam não vá oferecer vantagens para os usuários do Apple Music, que vem conquistando mais e mais assinantes desde seu lançamento, em 2015. O Apple Music, atualmente, conta com 50 milhões de assinantes, enquanto o Shazam, lançado em 1999, conta com mais de 120 milhões de usuários ativos mensais (de acordo com a própria empresa). O app já foi baixado mais de um bilhão de vezes e utilizado para identificar 15 bilhões de músicas.
Resta aguardar, portanto, para ver o que a fusão agregará ao Apple Music e se isso será suficiente para destronar o Spotify, que hoje é o líder do mercado com mais de 70 milhões de assinantes.
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