Saiu o primeiro trailer de “Operação Overlord”, o filme produzido por J.J. Abrams que NÃO É um “Cloverfield”
...ou, pelo menos, o estúdio diz não ser
A Paramount e a Bad Robot estão condenadas a viver um ciclo vicioso sem fim graças a “Cloverfield”. Desde que o found footage dirigido por Matt Reeves estourou nas redes sociais com sua campanha misteriosa e seu universo super sigiloso, as produções dos dois estúdios que são localizadas no gênero do horror partem do pressuposto natural de que sejam uma nova continuação do original, algo que só se solidificou depois do lançamento de “Rua Cloverfield, 10”. Não que eles se ajudem muito também, com a produtora de J.J. Abrams lançando “The Cloverfield Paradox” de surpresa na Netflix e a Paramount considerando por um bom tempo tornar o então desconhecido “Um Lugar Silencioso” numa parte integrante da série.
O próximo projeto dos estúdios a sofrer com esta especulação massiva é “Operação Overlord”, suspense que combina o cenário da Segunda Guerra Mundial com o típico filme de zumbi e que acaba de ganhar o seu primeiro trailer. Embalado ao som de “Hells Bells” do AC/DC, a prévia tem todo o ar de mistério da celebrada franquia, mas ao mesmo tempo a Paramount está bem afim de confirmar pro público que ainda que ele seja produzido por J.J. Abrams ele NÃO é o quarto “Cloverfield”. Confira acima e tire suas próprias conclusões.
A preocupação do estúdio não é à toa. Dirigido por Julius Avery (australiano que em 2014 lançou o thriller independente “Sangue Jovem”) e estrelado por Wyatt Russell, o projeto ganhou os holofotes pela primeira vez na imprensa justamente sendo atribuído à antologia de horror distribuída pela Paramount, quando sites especializados afirmaram que o terceiro e quarto capítulos de “Cloverfield” estavam sendo produzidos ao mesmo tempo e que seriam ambientados nos gêneros distintos da ficção-científica e do filme de guerra.
Na CinemaCon
deste ano, porém, Abrams declarou que o filme não faz parte deste universo e na verdade é um projeto solo da Bad Robot, o que por sua vez alimenta duas teorias: ou tudo é mais uma estratégia de marketing da marca que pretende fazer o filme explodir no momento que suas primeiras exibições forem feitas ao público, ou o caminho turbulento da produção de “The Cloverfield Paradox” – que diz ter sido incluído à força na mitologia da franquia, algo que contribuiu para sua qualidade desapontadora e seu encaminhamento para a Netflix – forçou os dois estúdios a levar com mais calma o desenvolvimento da série nos cinemas.
Esta é uma resposta, porém, que nós só vamos ficar sabendo em novembro quando “Operação Overlord” chega aos cinemas brasileiros.
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