Google “se explica” sobre desenvolvedores que têm acesso ao conteúdo do Gmail
Prática não mostra irregularidade quanto à privacidade dos usuários, mas empresa quer mostrar que não é o Facebook
O Google publicou mais uma explicação sobre a informação veiculada pelo The Wall Street Journal sobre como é comum desenvolvedores de aplicativos de terceiros terem acesso aos conteúdos de mensagens dos usuários do Gmail.
Em uma postagem feita por Suzanne Frey, diretora da divisão de segurança, confiança e privacidade do Google Cloud, a empresa descreve as medidas que um usuário e uma organização empresarial que usam o G Suite podem fazer para proteger sua privacidade e segurança, além de reiterar seu compromisso de avaliar os aplicativos e serviços de terceiros que têm acesso aos dados confidenciais do Gmail.
“Antes que um aplicativo publicado, que não seja do Google, possa acessar suas mensagens do Gmail, ele passa por um processo de revisão em várias etapas que inclui análise manual e automatizada do desenvolvedor, avaliação da política de privacidade e página inicial do aplicativo para garantir que ele seja legítimo e testes para garantir que o aplicativo funcione como ele diz“.
Frey oferece algumas dicas para garantir que os dados dos usuários estejam nas mãos de fontes confiáveis. Isso inclui revisar a tela de permissões antes de conceder acesso a um aplicativo que não é do Google e usar a ferramenta de verificação de segurança da empresa para ver quais dispositivos fizeram login na sua conta, quais aplicativos de terceiros têm acesso ao Gmail e quais permissões eles têm. Ela também diz que o processo de análise do Google foi criado para garantir que empresas e indivíduos não se apresentem de forma errada e só solicitem dados relevantes para a função que estão fornecendo.
De fato, a matéria publicada pelo The Wall Street Journal
não mostra qualquer irregularidade dos aplicativos ou serviços de terceiros que usam o Gmail, e funciona mais para informar a prática da empresa.
Ainda assim, o Google está na posição de ter que defender mais ativamente suas próprias práticas de gerenciamento de dados e privacidade de usuários, principalmente para convencer usuários e empresas que, ao contrário do Facebook, o Google é de fato um administrador responsável de dados confidenciais de usuários.
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