YouTubers poderão vender produtos e criar conteúdo exclusivo para assinantes
Novidades são resposta aos recentes problemas de rentabilização reclamados pelos produtores
Nos últimos meses, o YouTube teve suas políticas de monetização muito discutidas entre os produtores de conteúdo. Alguns dos maiores youtubers têm feito, digamos, vídeos problemáticos, como os comentários antissemitas do sueco PewDiePie e o total desrespeito com a cultura japonesa na viagem do americano Logan Paul. O problema de tais vídeos é: pelo sistema de anúncios, eles automaticamente traziam circulação de propagandas empresas que anunciam na plataforma, e que não gostariam de ter suas marcas atreladas a vídeos polêmicos.
Em virtude disso, o sistema de monetização sofreu grandes mudanças. A política de anúncios mudou, a plataforma contratou novos moderadores e, como resultado, muitos criadores de conteúdo passaram a ter seus vídeos “desmonetizados”, o que significa que eles não receberiam mais a receita dos anúncios veiculados em seus trabalhos. E esse fenômeno não se limitou aos grandes canais: produtores de médio e pequeno porte tiveram o mesmo problema, sem jamais a plataforma explicar detalhadamente o que levava à desmonetização.
Na última quinta, dia 22, o YouTube finalmente chegou com uma boa notícia para os criadores de conteúdo: agora eles poderão lucrar de outras formas. Atualmente, a maior parte dos youtubers tem lucro a partir dos 55% da receita da veiculação das propagandas. Em breve, porém, alguns criadores poderão oferecer assinaturas mensais para seus inscritos, trazendo conteúdo exclusivo a partir de um pacote de U$ 4,99. Os canais também poderão vender produtos diretamente pelo YouTube.
A opção de vender produtos estará disponível para canais com mais de 10.000 inscritos, e será feita em parceria com a Teesprint, empresa que cria produtos personalizados que lucrará 1 dólar para cada item vendido. A mudança também impactará no visual do site, que trará uma prateleira virtual embaixo dos vídeos, transformando a plataforma em uma espécie de loja virtual.
O anúncio foi feito na mesma semana em que o Facebook e o Instagram lançaram novos recursos destinados a atrair os criadores de vídeo que antes faziam vídeos para o YouTube.
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