Amazon não vai mais distribuir “The Man Who Killed Don Quixote”
Enquanto isso, Terry Gilliam sofreu um derrame em Londres, mas já passa bem
[ATUALIZAÇÃO: 11h43, 09/05] O tribunal francês negou o pedido do produtor Paulo Branco e permitiu que “The Man Who Killed Don Quixote” poderá ser exibido como filme de encerramento do Festival de Cannes.
Em seu Twitter, comemorou a decisão e afirmou estar bem para a viagem a Cannes:
After days of rest and prayers to the gods I am restored and well again. So is The Man Who Killed Don Quixote! We are legally victorious! We will go to the ball, dressed as the closing film at Festival de Cannes! May 19. Thanks for all your support. #QuixoteVive
— Terry Gilliam (@TerryGilliam) May 9, 2018
[FIM DA ATUALIZAÇÃO]
As coisas pareciam enfim estar dando certo para “The Man Who Killed Don Quixote”. A produção azarada de Terry Gilliam, que desde 1998 encara todo tipo de contratempo em sua confecção, conseguiu terminar finalmente as filmagens no ano passado e arranjou lugar no Festival de Cannes deste ano para fazer sua premiere. O filme ganhou até trailer, o que mais poderia dar errado a esta altura do campeonato?
Pelo visto – e seguindo a tendência ao desastre de toda a trajetória difícil do projeto – aparentemente tudo. Com o longa se encontrando em um rolo jurídico que pode impedi-lo de fechar a 71° edição de Cannes, a Amazon Studios decidiu abandonar o acordo de distribuição que tinha fechado com a produção, deixando a obra sem meios para ser lançado nos Estados Unidos. Neste meio tempo, os jornais ingleses reportam que Gilliam sofreu um pequeno derrame e está internado em um hospital em Londres, mas que já está se recuperando do ocorrido.
De acordo com a Variety, a decisão da Amazon por abandonar o barco não se deu apenas por conta da disputa jurídica entre o diretor e o ex-produtor do longa Paulo Branco, que afirma ter ainda os direitos sobre o projeto e não ter recebido um tostão sobre. O cancelamento da distribuição seria também parte da atual investigação do estúdio sobre os negócios feitos em seu nome por Roy Price, chefe de operações da divisa de entretenimento da empresa demitido no ano passado por conta da onda de escândalos de assédios sexuais em Hollywood e que assinou com Gilliam o lançamento de “The Man Who Killed Don Quixote”. Price também foi quem negociou o acordo de distribuição dos novos trabalhos de Woody Allen, cujo mais recente projeto (“A Rainy Day in New York”) ninguém sabe se será ou não lançado pela Amazon.
À imprensa em Cannes, um porta-voz de Gilliam se negou a comentar sobre a situação do diretor no hospital, mas declarou que o diretor “está em casa se preparando para sua viagem à Cannes na próxima semana em apoio a ‘The Man Who Killed Don Quixote'”. Já a decisão judicial sobre a premiere do filme deve sair ainda hoje, então fique atento no B9
para novas informações sobre o caso.
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