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Cambridge Analytica 2.0? Sistema de reconhecimento facial criou sua base de dados pelas redes sociais

Recentemente vendido a uma fornecedora israelense, o Face-Int pode representar uma nova e mais grave quebra de segurança das informações do usuário

por Pedro Strazza

O vazamento de dados dos usuários do Facebook (muito mais conhecido como o escândalo do Cambridge Analytica) já desencadeou uma nova e gigantesca discussão na mídia sobre a questão da privacidade nos tempos digitais, mas seus efeitos nos rumos da sociedade ainda estão longe de acabar. As informações de milhões de usuários, afinal, não ficaram disponibilizada apenas à empresa onde trabalhava Christopher Wylie, mas sim a outras tantas que ainda não foram reveladas ao público pela rede social comandada por Mark Zuckerberg.

Mas enquanto Zuckerberg tenta reparar os danos deixados pelo vazamento depondo no Congresso dos Estados Unidos e permitindo aos usuários que confiram o que exatamente foi disponibilizado em suas contas, novos movimentos de empresas completamente obscuras mostram que a questão da privacidade digital está muito longe de ser resolvida. A revista Forbes, por exemplo, acaba de reportar a existência de um software de reconhecimento facial cujo grande diferencial é a enorme base de dados tirada justamente das redes sociais, incluindo aí grandes nomes como o Facebook e o YouTube.

Intitulado Face-Int, o programa foi desenvolvido ao longo dos últimos cinco anos pela empresa de vigilância Terrogence e possui um amplo arquivo criado à partir de “fontes da internet”, que como bem descreve o site da companhia inclui fóruns abertos e fechados. Estes rostos coletados pelo software, de acordo com a página oficial, foram extraídos de mais de trinta e cinco mil vídeos e fotos de campos de treinamento, clipes motivacionais e ataques feitos por terroristas – mas como a página está no ar desde 2013 é bem provável que este número seja ainda maior. O programa em tempos recentes foi vendido para a fornecedora israelense Verint, uma antiga parceira de negócios do governo estadunidense.

O caráter vago com à qual a empresa menciona os locais de coleta destas informações como “fontes de internet” já deixa bastante claro que ninguém sabe como a Terrogence teve acesso a estes dados, ainda mais porque o funcionamento do Face-Int lembra muito o projeto da NSA denunciado por Edward Snowden em 2014. Na época, a Agência de Segurança Nacional dos Estados Unidos desenvolvia um programa de reconhecimento facial que era feito à base de uma extensa quantidade de rostos disponíveis e emprestados da internet.

A própria existência e uso de um software deste tipo e com estes poderes é em si um problema gigante para os direitos liberdade de expressão e privacidade. À Forbes, a advogada da Electronic Frontier Foundation Jennifer Lynch afirma que programas do tipo são péssimos para distinguir pessoas de cor (em especial mulheres) e poderiam ser catastróficos ao trânsito internacional de pessoas nos aeroportos. “Isto poderia impactar a viagem e os direitos civis de milhares de viajantes cumpridores da lei, pois eles teriam que provar que não são os terroristas ou criminosos que o sistema os identificou como sendo” aponta a advogada.

A Terrogence também já fez negócios com o governo estadunidense no passado. Em 2014 e 2015, a criadora da Face-Int vendeu pela quantia total de 148.000 dólares o Mobius e o TGAlertS

, dois serviços anti-terroristas concebidos para ajudar o país a melhorar sua reação a eventuais ataques. Enquanto o Mobius documenta ao usuário as últimas tendências em táticas e dispositivos explosivos utilizados por núcleos terroristas, o TGAlertS cria uma espécie de sistema de informação em tempo real sobre assuntos urgentes e selecionados pela equipe da Terrogence por meio de perfis falsos na internet.

Em entrevista à Forbes, um representante do Facebook afirma que a princípio o produto da Terrogence poderia estar violando os termos de privacidade da plataforma, que proíbe o uso de seus dados para a criação de ferramentas de vigilância e não permite que estas informações sejam coletadas por meios automatizados (como bots), mas que ao mesmo tempo ela não havia encontrado nenhum aplicativo da organização na rede social. Se este uso for comprovado, o Face-Int representará mais uma falha de segurança grave por parte destas plataformas, em seu esforço contínuo de manter seguro os dados dos usuários de suas redes.

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