Proxxima 2007: Nigel Morris e MTV
| UPDATE: Como bem lembrou o Beto Toledo nos comentários, voce pode ouvir as palestras do Proxxima na Rádio Yep.
| UPDATE 2: E no meio de tanta discussão sobre o poder do consumidor, o stand do iG passou a proibir acesso a qualquer site que não seja iG. O do MSN, que estou agora, com monitores gigantes de LCD, Windows Vista, Xbox 360 e acesso liberado, é o melhor do evento.
Enfim, no segundo e último dia do Proxxima 2007, uma apresentação ótima. Como era esperado, Nigel Morris, da Isobar, traçou um bom panorama da mídia digital e do novo consumidor, conectado em tudo ao mesmo tempo, falando de web 2.0, comportamento, tecnologia, redes sociais e o papel das agências e dos profissionais dentro desse ambiente.
Comentou a fragmentação do conteúdo e a disputa dos meios pela atenção do que ele chama de “nativos digitais”, pessoas que cresceram e que são íntimas desse mundo novo. Falou que existe um abismo entre essas pessoas e outras que ainda tem barreiras com o meio.
Conteúdo foi a estrela da apresentação, mostrando como foi libertado de tempo, lugar e espaço. Mas chamou atenção para o “mesmo erro da bolha”. Agências e clientes achando que, para se mostrarem antenados e inovadores, falem em “vamos fazer um viral” ou “vamos criar um rede social”. Disse que só deve ser feito o que for relevante e útil para a marca, não só querer aproveitar a crista da onda.
Nigel falou que o mundo agora pode ser dividido em dois. O antigo era o mundo editado, o que vivemos hoje é o mundo não-editado. Ou seja, o que toca os meios digitais, foge ao controle.
Segundo ele, muitas agências ainda veem os consumidores como público. Mas a diferença, é que agora eles tem armas, não são mais apenas alvos. Será preciso entender o que motiva as pessoas, não só mensurá-las, tratá-las como números.
Morris deixou a dica: Nesse ambiente em que o consumidor tem poder, é preciso criar tempo, criar experiência, fazer as pessoas quererem fazer parte de algo. Resumindo: engajamento.
Depois da palestra, uma pergunta acomodada e com medo do futuro de alguém da platéia: “No meio disso tudo, o que não mudou? O que continua igual?”. Nigel, torcedor fanático do Chelsea, respondeu sem pensar: “futebol”.
Na segunda parte da manhã, ocorreu um debate sobre o deslocamento da audiência das mídias tradicionais para outras, com a participação de Rafael Davini da Turner, Flávio Pestana da Gazeta Mercantil e André Mantovani da MTV, moderado por Suzana Apelbaum da África.
Normal. O que chamou atenção mesmo foi a postura do Mantovani da MTV. Defendendo seu pote de ouro sem pudor, disse sem meias palavras que continua tudo igual na TV. “O spot de 30 segundos continua funcionando e sendo a mais eficiente forma de publicidade”.
Engraçado. Com tanta discussão, números, provas e cases sobre a importância da comunicação digital, aparece um “não se preocupem. Nada vai mudar”. Segundo ele, nada ameaça a TV. E o MTV Overdrive
Mantovani, é pra quê?
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