Cervejas e mulheres
Matéria no caderno Cotidiano da Folha de S.Paulo de hoje, aponta o descumprimento das cervejarias quanto ao uso de apelo sexual em suas propagandas. Segundo o jornal, nas campanhas de verão quase nenhuma marca escapa de utilizar mulheres semi-nuas e conotação que sugere “êxito profissional, social ou sexual”, justamente o que “não recomenda” o Conar desde 2003.
Uma declaração da doutora em sociologia e pesquisadora da Universidade de Brasília, Berenice Bento, generaliza: “Não há sutileza, as mulheres estão ali para serem consumidas. Os anúncios revelam que a mulher é algo para servir ao homem e mostram como estamos longe de uma sociedade com eqüidade de gêneros”.
Obviamente, não é preciso ter mais que um dos olhos funcionando para perceber que a cervejarias deixaram de cumprir a regulamentação, mas o Conar promete fiscalizar para verificar se está mesmo havendo falta de ética no uso de mulheres em comerciais.
A atriz Juliana Paes, a mais conhecida gostosa das cervejas atualmente, disse não ver nada de agressivo nas propagandas.
Eu não conheço nenhum dado científico que comprove o sucesso de uma cerveja devido a sua relação com sexualidade, mas um amigo que já trabalhou com a cerveja líder do país, após intensa pesquisa de campo, me disse: “se não tiver cartaz de mulher pelada no ponto-de-venda, vende menos.” Será?
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