iPhone: propaganda pra quê?
Leia os jornais, assista TV, visite sites, veja os gráficos, as capas dos semanários brasileiros e pergunte-se: quem precisa de propaganda com tamanha exposição?
É claro que não vou ser leviano, e dizer que o investimento em propaganda não contribuiu para a Apple ser o que é hoje. Pelo contrário, ela teve papel fundamental no renascimento da empresa a partir de 1997, ano que marcou o retorno de Steve Jobs no comando da maçã.
Mas depois disso, o que transformou a Apple no furor que é hoje foram produtos revolucionários e publicidade não tradicional, ou seja, um eficiente trabalho de RP, buzz online e táticas de guerrilha, que vão desde as apresentações de lançamento de novos produtos (Jobs sempre dá um show) até blogs misteriosos dedicados a levantar rumores sobre os bastidores da companhia e MacBooks milimetricamente colocados no colo de modelos famosas.
Isso tudo, é óbvio, dá as pessoas e a mídia motivos suficientes para se continuar falando da Apple toda semana. Em conseqüência, cria-se uma expectativa monstruosa em relação aos próximos passos que serão dados pela empresa. Já virou tradição: todas as quartas-feiras, a mídia se volta para o que acontecerá na Macworld.
Então ficam mais perguntas: A Apple precisa fazer uma milionária campanha, com anúncios na televisão e revistas, para você querer um iPhone? Ela precisou fazer propaganda no Brasil para o iPod se tornar o gadget mais desejado do país?
O que faz a Apple ser o que é hoje, é a união de publicidade (não propaganda) com produtos que nos fazem repensar tudo o que tínhamos visto até então. Não é uma empresa de computadores e eletrônicos, e sim uma marca que dita moda e impacta diretamente nossas vidas. Sabendo disso mais do que ninguém, Steve Jobs já anunciou que vai tirar a palavra “computer” do nome Apple Computer, Inc.
Não quero ser aqui mais um entre milhões de baba-ovo da Apple (eu mesmo nem tenho um Macintosh), mas meu amigo, não tem como passar incólume ao que esses caras estão causando no mundo. Não só por trabalhar com propaganda ou ser um integrante da geração online, mas simplesmente por estar aqui.
Não acredita? Leia os jornais, assista TV, visite sites, veja os gráficos, as capas dos semanários…
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