Nova inteligência artificial ajuda médicos a fazer diagnósticos mais precisos de pneumonia
Cientistas de Stanford esperam que nova tecnologia ajude médicos de todo o globo a acelerar o tratamento da doença
Embora muitos acreditem em um futuro maligno e digno da Skynet dos filmes da série “O Exterminador do Futuro” quando se tratando de inteligências artificiais, há quem esteja usando esta tecnologia para fins muito benéficos à sociedade. É o caso de um grupo de cientistas da Universidade de Stanford, que anunciou ao público ter desenvolvido um programa de IA feito para ajudar médicos e outros profissionais da área da saúde a diagnosticar com maior precisão e imediatismo casos de pneumonia em seus pacientes.
Nomeado de CheXnet, o software é um tipo de rede neural preparado para processar imagens de acordo com um determinado número de parâmetros e funciona à partir de um simples raio-X do peitoral. À partir da chapa, o programa automaticamente providencia um relatório com probabilidades numéricas dos pulmões estarem infeccionados com a doença e um mapa de cores que evidencia os níveis de contágio de cada área do tecido do órgão, dois documentos que ajudam o médico a decidir com maior velocidade a metodologia do tratamento de seu paciente.
Para conceber o software, o grupo de pesquisa “treinou” por um mês a rede neural do CheXnet a identificar a doença à partir de diversas imagens de raio-X rotuladas manualmente com 14 diagnósticos diferentes (incluindo, claro, o de pneumonia), aprimorando o sistema ao ponto dele ser mais rápido que o método habitual de diagnóstico por computador. Os cientistas também pediram a quatro radiologistas da universidade que analisassem cada um 420 chapas dentro do programa, identificando possíveis sinais da doença em cada uma das imagens selecionadas.
De acordo com o comunicado feito à imprensa, o estudo escolheu a pneumonia porque além da doença ainda afetar uma grande parcela da população estadunidense (cerca de um milhão de pessoas vão parar nos hospitais do país por conta disso) ela também se trata de um diagnóstico difícil, ainda mais em países do terceiro mundo onde a tecnologia de radiologia utilizada não é tão precisa. Os pesquisadores inclusive esperam que esta nova tecnologia seja disseminada pelo globo e ajude a melhorar os tratamentos de saúde, auxiliando médicos “em áreas do mundo onde o acesso a radiologistas experientes é limitado”.
Você pode ler a pesquisa completa do grupo aqui
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