Pesquisadores do Instituto de Pesquisa EPFL (Ècole Polytechnique Fédérale de Lausanne) na Suíça lançaram um estudo em que elencam uma série de vantagens quanto ao uso de robôs comestíveis na medicina e na indústria alimentícia. No artigo “Soft Pneumatic Gelatin Actuator for Edible Robotics”
, há a apresentação de robôs que seriam úteis para descobertas novas sobre o corpo humano e transporte de comida, quando não haveria taxas adicionais pelo serviço porque o robô “seria a própria comida”, como brinca o texto.
Esses “robôs pneumáticos de gelatina” possuem formatos de dedos e possuem uma lógica parecida a robôs moles utilizados por alguns supermercados europeus para pegarem frutas e outros objetos a consumidores, mas a diferença é que se tais dispositivos são feitos de plásticos, os bots suíços seriam uma combinação de gelatina, glicerica e água, o que os tornariam comestíveis e biodegradáveis.
Os robôs também poderiam ser enviados em missões de decomposição, quando seriam “abandonados” para serem fontes de alimentos para animais selvagens, sendo facilmente rastreados para a verificação de resultados sobre sua reutilização na natureza, graças a mecanismos de rastreamento instalados nos bots. A mesma lógica poderia funcionar para experimentos em humanos, quando os dispositivos seriam engolidos com medicamentos ou outras substâncias que poderiam revelar novidades para a área da medicina uma vez que seu percurso em corpos humanos seria usado como investigação científica.
Por enquanto tais especulações estão longe de se tornarem realidade, mas os pesquisadores do Laboratório de Sistemas Inteligentes da EPFL não param de sonhar. Eles até sugerem que os robôs possam ter processos de autodigestão: em caso de emergências, um robô com problemas poderia “comer” a gelatina providenciada pelo seu próprio sistema para manter a bateria ativada.
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