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Cidades americanas começam a punir quem olha o celular enquanto atravessa a rua

Multas variam de US$ 15 a US$ 99, dependendo do número de reincidências

por Gessica Borges
Capa - Cidades americanas começam a punir quem olha o celular enquanto atravessa a rua
Imagem: NEW YORK – MAY 12: Road sign designed by artist Jay Shells, reading: “Pay Attention While Walking- Your Facebook Update can wait” photographed on May 12, 2012 in New York City. WALKING while texting may seem harmless but these quirky signs order pedestrians to stop the habit. Bombarded with messages such as “Pay Attention While Walking- Your Facebook Update can wait” bemused passers-by still seem happy to indulge their digital lives while on the go. In fact many keen walking-texters were so unaware of their surroundings they did not even notice the sign asking them to stop. While the strict signs could be the work of a busy-body local authority they are in fact the brainchild of New York based street artist, Jay Shells who wanted to make people more aware of their surroundings especially when crossing the road. In New York 237 people were killed in road traffic accidents in 2010, although it is not known how many of these were because people were texting rather than paying attention to passing traffic when crossing the road. PHOTOGRAPH BY Laurentiu Garofeanu/Barcroft USA /Barcoft Media via Getty Images

Há menos de um mês eu livrei uma mulher de um atropelamento. Tínhamos acabado de descer em um ponto de ônibus e ela ia atravessar a rua sem nem notar que o farol estava fechado aos pedestres. O motivo nem preciso dizer. Depois do susto, iniciei uma autopatrulha para evitar que mesmo acontecesse comigo. A verdade é que a gente não percebe a extensão do quanto estamos conectados (ou hipnotizados) com o que acontece do outro lado da tela.

Para evitar que cenas assim se tornem frequentes, a cidade de Honolulu, capital do estado norte-americano do Havaí, aprovou há pouco mais de um mês uma legislação que pune com multas cidadãos que atravessam “uma rua ou rodovia enquanto olha um dispositivo eletrônico móvel”, o que inclui smartphones, câmeras, notebooks e videogames. Agora Stamford, Connecticut, pode se tornar a segunda cidade dos EUA este ano a combater o problema com multas.

“O ponto é que, se você está na rua e não presta atenção, isso é perigoso”, disse o prefeito de Stamford, David Martin. Um dos membros do conselho de representantes da cidade acredita que as pessoas pensarão duas vezes antes de violar a regra, que pode gerar multas de até US$ 30. Em Honolulu, a lei entrará em vigor no próximo dia 25 de outubro prevê multas que variam de US$ 15 a US$ 99, dependendo do número de reincidências.

Direito de ir e vir, mas com cuidado

Como toda legislação nova, alguns céticos se perguntam se as novas regras são injustas, ou mesmo contraproducentes. Jonathan Matus é CEO da ZenDrive, um aplicativo que usa sensores para alertar motoristas em relação à concentração, para promover uma direção mais cuidadosa. Ele acha que a lei pode dar abertura a motoristas imprudentes, que podem passar a culpar a pedestres por acidentes. “Claro, as pessoas podem entrar em uma situação arriscada [ao usarem o celular ao atravessar], mas isso pode implicar que os pedestres sejam frequentemente culpados”.

Especialistas em segurança apontam para os números: as mortes de pedestres dos EUA aumentaram de 5.376 em 2015 para quase 6.000 no ano passado, o maior número em mais de duas décadas, representando um aumento de 22% em relação a 2014, segundo dados de um relatório produzido pela Governors Highway Safety Association.

No Brasil também há uma preocupação. Segundo a pesquisa Mobile Consumer Survey (2015)

, os brasileiros desbloqueiam o celular, em média, 78 vezes ao dia. O número é maior entre pessoas com idades de 18 a 24 anos. Elas checam seus dispositivos 101 vezes ao dia, enquanto pessoas mais velhas (45 a 55 anos) verificam o aparelho 50 vezes. A edição da pesquisa do ano passado mostra em que 15% dos brasileiros navegam pelo telefone enquanto atravessam a rua.

Nem lá nem aqui há estatísticas que comprovem uma relação direta das mortes com o hábito de mexer no celular, porém não parece uma especulação tão absurda ligar um dado ao outro. Afinal, eu realmente vi uma mulher quase ser atropelada por causa disso e aposto que vários de vocês também já presenciaram cena parecida. Se a tecnologia ainda não criou antídotos contra si mesma, alguns Estados pensam que é a hora de intervir.

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