Chegou a “Netflix” focada em filmes e séries brasileiras
Produtor cearense Philipe Ribeiro acredita na plataforma como um incentivo às produções nacionais
Sem investimentos bilionários, blockbusters ou o glamour hollywoodiano: aqui o jeitinho brasileiro inspirou a criação da Snapcine, uma plataforma de vídeos via streaming que permite aos usuários assistir a obras audiovisuais a partir de um catálogo focado em filmes e séries brasileiras, além de documentários e curta-metragens exclusivos.
Em comemoração ao dia do cinema brasileiro, o site entrou no ar no dia 19 de junho e agora, já lançado oficialmente, opera com um catálogo de cerca de cem títulos nacionais, mas o objetivo é chegar a mil títulos até dezembro deste ano.
Os usuários podem assistir a parte do conteúdo online gratuitamente em smartphones, tablets, PCs, Smart TVs e TVs com dispositivo Chromecast. Já os lançamentos serão cobrados, mas a preços acessíveis: para séries, cada episódio custará R$ 3,99; os filmes terão o valor de R$ 1,99.
A monetização será por meio de publicidade, e com a metade do valor cobrado pela exibição retornando ao realizador ou produtor.
AFROFLIX
O projeto se assemelha ao AFROFLIX, uma plataforma colaborativa criada em 2016 que disponibiliza conteúdos audiovisuais online em produções que possuem pelo menos uma área de atuação técnica/artística assinada por uma pessoa negra.
A ideia é reunir filmes, séries, web séries, programas diversos, vlogs e clipes a fim de romper a narrativa estereotipada sobre população negra e dar visibilidade aos profissionais afrodescendente por trás da direção, roteiro ou atuação de audiovisuais nacionais e internacionais.
do Grupo de Estudos Multidisciplinares da Ação Afirmativa (Gemaa), da Universidade Estadual do Rio de Janeiro, das produções do cinema brasileiro que tiveram maior bilheteria entre 2002 e 2012: 84% dos diretores eram homens de cor branca, 13% mulheres brancas, apenas 2% eram homens negros e não havia, entre os pesquisados, nenhuma mulher negra.
Valorizar o cinema nacional com atenção ao recorte racial e de gênero. Seria o sonho dos cinéfilos conscientes?
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