As Torres Gêmeas **
É óbvio que o tema merecia cuidados, com o risco de causar reações talibãs nos próprios norte-americanos. Mas o fato é que “As Torres Gêmeas” (não sei porque traduziram o nome) nem parece um filme de Oliver Stone.
Um drama sobre sobrevivência que se assemelha a zilhares de outros já feitos, com a única diferença de que o plano de fundo é o atentado ao World Trade Center, que todos nós sabemos muito bem como aconteceu e ainda acompanhamos as consequências em tempo real.
Stone, ao contrário do que se esperaria dele, usa todos os clichês do cinema catástrofe para gerar emoção. E faz isso o tempo todo: telegrafa emoções em alto e bom som, mas que mesmo assim são incapazes de atingir muitos de nós.
Talvez funcione para o norte-americano (e funcionou, porque gostaram do filme) que procure um documento audiovisual que concorde com ele, que diga “sim, nós sofremos e somos heróis”, mas não para quem gostaria de ver discutida na tela a real profundidade que o tema merece.
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