O fim do Nubank: Medidas do Banco Central podem extinguir bancos digitais
As alterações, caso aprovadas, significarão o fim da empresa
O Nubank virou febre recentemente, com seu cartão totalmente online e sem anuidades, se tornou uma das emissoras de cartões de crédito que mais crescem no Brasil. Porém, a empresa pode fechar as portas caso o Banco Central confirme, na próxima terça-feira (20), uma mudança no prazo de pagamentos das vendas aos lojistas.
A intenção de implementar a medida foi oficializada na quinta-feira pelo presidente Michel Temer, e pelo Ministro da Fazenda Henrique Meirelles. Para esclarecer, atualmente os lojistas levam em torno de 30 dias para receber os pagamentos feitos pelos consumidores, e o encurtamento desse prazo para 2 dias, significa para o governo favorecer o varejista e a economia.
O problema que atinge o Nubank é que os emissores menores não tem a mesma capacidade de financiamento dos grandes, como Itaú, Bradesco e Santander. Segundo Cristina Junqueira
, cofundadora do Nubank “Mudar dramaticamente, reduzir o prazo para dois dias, isso seria apocalíptico para a gente”. “Nós já fizemos algumas simulações. Com dois dias é apagar a luz e fechar a porta. Com 15 dias, a gente precisaria de quase R$1 bilhão de capital adicional do dia para a noite”.
Segundo a cofundadora, mesmo que outros bancos fizessem empréstimos a fim de ajudar na estruturação do Nubank, a empresa não teria como pagar o custo mensal da dívida. Vale lembrar que a empresa, mesmo com o crescimento exorbitante e exposição na mídia, fechou 2015 com um prejuízo de R$32,7 milhões. Agora nos resta esperar.
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