Comercial de Hillary Clinton traz mulheres diante do espelho enquanto Trump faz comentários machistas
Peça da corrida presidencial americana pergunta: “É esse presidente que queremos para as nossas filhas?”
Com a chamada minirreforma eleitoral de 2016, muito se falou que as candidaturas precisaria usar a criatividade para escapar das restrições de dinheiro (doações de empresas foram proibidas, além do teto de financiamento) e tempo (que foi reduzido).
Porém, uma das novas regras impacta justamente no que poderia ser uma saída barata e eficiente: a execução de boas ideias.
Na propagandas eleitorais esse ano, não podem ser usados efeitos especiais, montagens, computação gráfica, desenhos animados e edições. Tudo tem que ser direto e reto, sem linguagem cinematográfica.
Se isso é bom ou ruim, ainda vamos descobrir. A verdade é que a propaganda política brasileira já teve muitas peças de impacto (e polêmicas), com conceitos que dramatizam e/ou usam metáforas visuais para atacar adversários.
São criações que podem mudar votos e gerar conversa, mas não dá pra garantir que são 100% honestas, principalmente quando descontextualizam frases.
A nova lei brasileira impediria, por exemplo, um produto criativo e poderoso como esse comercial da campanha de Hillary Clinton para presidência dos EUA.
No vídeo, meninas se olham no espelho enquanto imagens de arquivo trazem o candidato adversário, Donald Trump, tirando sarro da aparência de mulheres e fazendo comentários machistas.
A assinatura, no final, diz: “É esse presidente que queremos para as nossas filhas?”
Como publicitário, sinto que peças assim não possam ser mais criadas. Mas como eleitor – considerando os abusos que são cometidos – talvez a melhor maneira seja vermos os candidatos de maneira nua e crua mesmo. Ainda que muita gente não consiga enxergar o óbvio.
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