SxSW 2016: ideias e tendências, mas também novas formas de se fazer negócios
Não importa se é uma festa, um bar, ou até um passeio de bicicleta: o importante é que as pessoas se aproximem
Entre os presentes no SxSW, há quem o defina simplesmente como cool, quem diga que ele não funciona como plataforma de negócios, e aqueles que o observam e tentam entendê-lo. O fato é que o evento que reúne música, filmes e tendências digitais até o próximo dia 20, em Austin, é um mar de diferentes experiências que, se você prestar bem atenção, representam exatamente as mudanças pelas quais estamos passando. Transformações essas que não tocam só em questões tecnológicas, de design e sociais, mas, principalmente, comportamentais.
É claro que o tradicional existe — e existirá sempre –, mas os negócios no SxSW são feitos de formas distintas e complementares, onde de um lado temos uma agenda com mesas redondas e palestras, e, do outro, oportunidades de networking inusitadas, porém bastante divertidas. Não importa se é uma festa, um bar, ou até um passeio de bicicleta: o importante é que as pessoas se aproximem, conversem entre si, troquem experiências, interajam onde for mais confortável ou agradável — os negócios são consequência dessa dinâmica descontraída.
Foi assim que entre as centenas de empresas aqui presentes e seus eventos próprios, participei de alguns desses diversos encontros. Um passeio de bicicleta (street e mountain bike) por Austin em dias distintos, aproximando executivos e profissionais amantes do esporte; visitas a bares fechados por empresas para receber clientes e influenciadores, proporcionando a todos uma oportunidade de networking bastante rica e produtiva, com palestras em jardins para os que amam estar ao ar livre.
Além disso, também vi encontros específicos para entusiastas de música, jogos eletrônicos e cinema; exposições sobre os mais diversos assuntos; e até aulas de spinning. Tudo isso acontecendo pelas ruas da cidade, a céu aberto. No SxSW, negócios e oportunidades para empresas e profissionais podem ser discutidos, por exemplo, num passeio de triciclo Tuc-Tuc pela cidade.
O meu ponto é que o SxSW é um evento capaz de mostrar, mesmo em dinâmicas que se pressupõem tradicionais, como reuniões de negócios, a importância de se quebrar barreiras. Nos últimos dias, conversei com muita gente e a opinião geral era sempre a mesma: as pessoas dividem seu tempo por aqui entre o tradicional e o novo, e entendem que essa dinâmica é campeã, tanto para profissionais, como para empresas — e, principalmente, negócios.
Isso é algo importante que os executivos precisam observar e tirar de lição do evento: mudanças que alinhem o tradicional e o novo precisam vir de dentro para fora. E, tornando a questão palpável para a realidade de muitas companhias, por exemplo, pensar a sua estratégia digital, em contraste com a convencional, passa por uma percepção semelhante.
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#BrasilAtSXSW – A cobertura B9 do SxSW 2016 tem apoio da Apex-Brasil
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