A Expo 2015 é formada por um enorme corredor de 3 quilômetros com pavilhões desenhados por cada um dos países participantes. Cada projeto nacional destaca aquilo que suas delegações quiseram evidenciar ao resto do mundo, sem padrões estabelecidos. O único briefing atentava para o uso de materiais reaproveitáveis e que suas construções pudessem ser facilmente montáveis e desmontáveis.
Indo e voltando no longo corredor (um bom exercício para queimar toda a massa ingerida na Itália), alguns pavilhões destacam-se por sua exuberante arquitetura ou pelo uso bem inteligente de materiais simples. Como as filas para a visitação chegam a até três horas, o melhor que o visitante terá ao final do dia, como impressão da maioria dos países, é a fachada de seu prédio e, talvez, um ou outro snack disponível (a preços bem absurdos, diga-se de passagem).
Destaco então alguns dos pavilhões mais interessantes ou curiosos da feira, fotografados com uma GoPro enquanto Luiz Hygino editava o vídeo sobre o fabuloso pavilhão brasileiro (que estaria aqui na lista se já não tivesse um post próprio):
Azerbaijão
O pavilhão evidencia internamente as diferentes paisagens do país. Por fora, a mistura dos painéis curvos de madeira com o globo de vidro chama a atenção e ajuda a criar uma enorme fila para a visitação.
Cazaquistão
O Cazaquistão sediará a próxima Expo, marcada para 2017, e trouxe para a feira atual os conceitos que serão abordados na edição. A Expo da Itália é fortemente marcada pela produção de alimentos de maneira moderna, enquanto que a feira de 2017 deverá ser fortemente pautada pelas soluções de produção de energia. Junto com o pavilhão da Itália, concentra a maior fila de toda a feira. A espera para a visita pode chegar a 3 horas.
República Tcheca
A primeira reação é um grande “WTF?”. Não teve jeito, tive que pesquisar. Senta que lá vem a explicação da criação para a imagem:
“Colocada dentro de uma piscina e saudando os visitantes do pavilhão, está uma escultura de Lukas Rittstein. A traseira de um veículo brilhante, a frente de um pássaro de bela plumagem. O trabalho representa a coexistência da tecnologia e da natureza, e deixa a seguinte mensagem: Enquanto caminha corajosamente para o futuro, a humanidade será sempre o passageiro, com a natureza no banco do motorista.”
Sério.
China
A China construiu um belo palácio em madeira, resgatando as suas tradições imperiais, ainda que num desenho bem moderno. A palavra é: imponente. Há uma belo jardim com estas flores amarelas logo na entrada do pavilhão:
Como diria Donald Trump sobre o país: China, China, China, China, China, China, China, China, China, China, China, China, China, China, China, China, China.
Equador
Não é um pavilhão enorme. A fila também não é das maiores para verificar os PPTs que rolam ali dentro. Mas com certeza é um dos mais coloridos de toda a Expo.
Estados Unidos
Um dos países em que a produção de alimentos dentro dos prédios de grandes cidades vem se tornando realidade, os Estados Unidos criaram esta enorme parede verde, com hortaliças diversas. Os painéis também se movimentam constantemente para garantir a ventilação dentro do pavilhão e a quantidade de sol adequada às verdurinhas.
França
A estrutura em madeira esculpida, remetendo aos mercados cobertos locais em diversas cidades da França, é um dos layouts mais elogiados de toda a feira. E tem uma boulangerie do lado, mas o preço do pãozinho ali evidencia que, se depender do que é cobrado na Expo, o mundo vai morrer de fome…
Reino Unido
Chama atenção de cara a enorme estrutura de 17 metros construída em alumínio, que é (segundo os criadores, claro) uma representação de uma colméia de abelhas. O assunto tratado pela terra da rainha na feira é a importância vital das abelhas para a polinização e os alertas de que elas estão sumindo.
Malásia
O pavilhão lembra quatro sementes e anuncia o programa de desenvolvimento da agricultura na Malásia, que aos poucos torna-se efetivo para levar a atividade no país a ter grande representatividade na economia toda de lá.
Mônaco
O principado famoso por seus cassinos e sua prova de Fórmula 1 não tem muito espaço para desenvolver a agricultura. No entanto, seu pavilhão evidencia como construções podem ser utilizadas no suporte à atividade. Outra coisa que chama a atenção é o seu aspecto bastante desmontável, uma vez que boa parte de sua estrutura é formada por containeres.
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