Mulheres chilenas ensinam como conseguir ‘aborto acidental’ em campanha pró-escolha
Casos de aborto acidentais são os únicos que não são considerados crimes no Chile
Discutir sobre aborto nem sempre é fácil, ainda mais quando as regras são muito rígidas. No Brasil, ainda podemos dizer que o aborto é uma opção em alguns casos especiais, como se houver violência sexual ou em caso de risco de morte para a mãe, mas no Chile a coisa é ainda mais complicada.
Lá, qualquer tipo de aborto é considerado crime, exceto se ele for ‘acidental’.
Para levantar a discussão, uma série de vídeos feitos pela ONG chilena MILES Chile
mostra os vários jeitos ‘acidentais’ que uma mulher pode usar para abortar. São situações absurdas como se deixar atropelar por um carro, se jogar de uma escada ou ‘tropeçar e cair em cima de um hidrante’, mostrando que as mulheres que quiserem mesmo abortar, irão fazê-lo, mesmo que para isso precisem colocar a própria vida em risco.
Em janeiro deste ano, a presidente do Chile, Michelle Bachelet, apresentou um projeto de lei que legaliza o aborto em casos de estupro ou de risco para a saúde da mãe, como acontece hoje no Brasil, mas ainda não há notícias sobre a aprovação da proposta.
O ideal mesmo, tanto no Chile, no Brasil ou em qualquer outra parte do mundo, é que a mulher pudesse escolher o que deseja fazer, e tivesse assistência médica e psicológica para tanto. Enquanto não chegamos lá, campanhas como essa mostram o absurdo de lidar com o aborto como um crime, e não como uma questão de saúde pública.
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