The League, o Tinder de Elite
Nada de pessoas do seu trabalho ou da faculdade, apenas público seleto e algumas poucas possibilidades de match por dia
Serviços de relacionamento online não são exatamente novidade, mas o sucesso mais recente dentre os aplicativos do ramo, o Tinder, promoveu uma espécie de vitrine de gente. Usando uma expressão da Juliana Cunha, ferramentas desse tipo acabam gerando um consumismo de gente.
Trabalhando em cima da ideia de diminuir a oferta para facilitar a escolha – e tentando uma questionável proposta que sugere parar de ‘consumir gente’ para se relacionar com quem possa ter algo a ver com você – surgiu o app The League, que é uma espécie de Tinder de elite, com algumas limitações.
Nele, não é qualquer um que pode sair se cadastrando. É preciso ser convidado, ser aprovado e daí então fazer parte do grupo. O algoritmo promete ser algo mais complexo também, sem essa de ‘dentre uma base de dados que te deu um joinha, esses são os que deram um joinha pra você também’. Afinal, acho que chegamos em um nível de sofisticação que supera a ferramenta ‘Crush’ do Orkut.
“Queremos que as pessoas vejam o The League como algo para gente mais madura e refinada, para jovens profissionais que querem sair para tomar uma bebida ou um café, e não para quem está querendo apenas pegação”, defende Amanda Bradford, criadora do The League.
A proposta é ser extremamente seletivo com quem é aceito na rede e também com quem é mostrado como possibilidades de match: apenas algumas pessoas são exibidas a cada dia. Depois de avaliar esse punhadinho de possibilidades, o usuário só poderá ver uma nova leva de possíveis matchs no dia seguinte.
Tenha encontros ‘like a boss’ – mas não dê match no seu chefe.
Para evitar o desconforto de ver colegas de faculdade ou de trabalho listados entre os possíveis interesses, o The League analisa o Facebook e principalmente o LinkedIn dos participantes, mostrando apenas quem não está na sua rede de contatos direta (os famosos contatos de primeiro grau) ou colegas de trabalho atuais.
A princípio, parece que há realmente um mercado para esse tipo de Tinder de ‘elite’ – a CEO do app, Amanda Bradford, já conquistou 2,1 milhões de dólares em investimentos, e já opera com 4.500 usuários beta na região de São Francisco, na Califórnia, com expectativa de expandir o serviço para Nova Iorque e Londres em breve.
No final das contas, continua sendo consumismo de gente, mas com vitrines de JK Iguatemi.
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