Nike e as bolhas
Será que algumas bolhas no pé de um dos jogadores mais importantes da seleção brasileira, dias antes da estréia na Copa do Mundo, pode abalar a Nike?
Parece inevítavel, já que o episódio das bolhas gerou uma crise entre Ronaldo, a CBF e a maior empresa esportiva do mundo, com a qual o jogador brasileiro tem contrato vitalício.
E a história se configura assim: Ronaldo criticou as chuteiras, alardeado como um produto de ponta. A CBF achou que ele poderia ter amenizado o tom, já que a Nike tem contrato anual de 12 milhões de dólares com a entidade. A Nike criou então uma força-tarefa e enviou técnicos a Frankfurt para resolver o problema.
Por outro lado, a mídia também não perdoa. Depois de anos caindo nas inteligentes estratégias de RP da Nike, os jornalistas parecem querer vingança e não param de setenciar: a culpa é da Nike. É o segundo dia que as bolhas de Ronaldo estão nas primeiras páginas dos jornais.
E a outra pergunta: será que a Adidas vai aproveitar o episódio? Algo bem-humorado e irônico viria bem a calhar para cutucar a rival americana. E o marketing da Nike, o que deve estar pensando nesse momento?
De qualquer modo, não sei para que tanto drama. Se Ronaldo não puder jogar, convoquem o Nilmar, o coloquem para jogar como titular e o Brasil ganha o hexa com dois pés nas costas (com bolha ou sem bolha).
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