Dilma Bolada denuncia tentativa de ‘compra’ de perfil com objetivos eleitoreiros
Responsável pela conta, esclareceu que a personalidade wébica não está à venda
Com as eleições cada vez mais próximas, parece que as redes sociais vão virar arena para que políticos e partidos disputem a preferência dos eleitores. Depois do bate-boca entre um suposto perfil de Aécio Neves com a personalidade wébica Dilma Bolada, dessa vez o Facebook foi palco de uma séria denúncia de compra de apoio político em perfis famosos nas mídias digitais.
Em postagem no seu perfil pessoal, Jeferson Monteiro, responsável pela personagem cômica Dilma Bolada, detalhou uma proposta que teria sido feita por uma agência de publicidade, que tinha interesse no perfil para um ‘casting’ de páginas relevantes na internet que se tornariam ‘embaixadoras’ de um partido ou de um político. “Diversas páginas que todos curtem, gostam e recebem conteúdos diários iriam fazer campanha eleitoral para o candidato que fechasse um contrato milionário com eles”, detalhou Jeferson, que disse ter ‘dado corda’ na negociação para ver até onde ela iria chegar.
A equipe digital interessada na Dilma Bolada seria, segundo relata Jeferson, da campanha de Aécio Neves, do PSDB, que teria intenções de usar o personagem e “seu capital político” para mudar a opinião dos internautas.
Será que a audiência vai se rebelar contra perfis que fizerem campanha eleitoral? Como os webspectadores irão avaliar a ‘pertinência’ do apoio político de webcelebridades e perfis satíricos?
A discussão entre o perfil satírico da Dilma e Pedro Guadalupe, especialista em redes sociais que presta serviços ao PSDB, acabou indo parar na Folha de S. Paulo
desta terça-feira. A publicação teria recebido a íntegra dos emails entre Pedro e Jeferson, onde o especialista, que esteve envolvido com o PT em 2012, ressaltava que o responsável pela Dilma Bolada deveria pesar bem suas escolhas, já que o fechamento de um contrato com o PSDB poderia torna-lo inimigo do partido da presidente.
O que fica no ar, contudo, é a dúvida sobre quais outras webcelebridades podem já ter fechado contrato com campanhas políticas. Será que a audiência vai se rebelar contra perfis que fizerem campanha eleitoral? Como os webspectadores irão avaliar a ‘pertinência’ do apoio político de webcelebridades e perfis satíricos?
Ficamos no aguardo dos próximos capítulos.
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