MoMa abre para exposição sua coleção de 40 anos de inovação no design
Símbolos da era digital, videogames e objetos decorativos fazem parte de "A Collection of Ideas"
Uma nova e eclética coleção no Museum of Modern Art, em Nova York, espera representar o que tem de mais inovador no design da última década. A exposição entitulada “A Collection of Ideas” contempla tudo o que você pode imaginar, de Minecraft à drones, passando por ternos punks e simples símbolos que hoje fazem parte do nossos alfabeto visual como o “@“.
A coleção entra com uma tarefa difícil: explicar ao público que design, apesar de quase sempre discutido apenas em publicações de estilo ou especializadas, não é apenas sobre “fazer bonito”. É, na verdade, sobre a vida real, o dia a dia e o ser humano.
As peças mais chamativas podem ser aquelas que ficam mais próximas do que já somos familiarizados. De símbolos ubíquos como o “pin” do Google Maps e o “@“, são em demonstrações como essa que o olhar para, observa e repensa as interações diárias.
Também se encontra disponível uma pequena seção para os clássicos dos games, repleta de jogos do Atari, de Asteroids ao Pong. Todos estes ficam expostos em telas acopladas à parede, sem molduras, como uma pintura clássica em um museu. Além disso, são liberados para jogar!
MoMa tem feito esforços para relacionar os game à arte, colecionando-os há um bom tempo e apontando conceitos inovadores como os gráficos em vetor de Asteroids e a arte generativa de Minecraft, resultando em um mundo gerado por algoritmos que compõe uma experiência única para cada usuário.
Grande parte das peças partilham do mesmo objetivo de destacar como a interação e o design evoluíram ao longo do tempo e misturam-se um com o outro. Já alguns trabalhos apontam para como as ferramentas digitais transformaram e adicionaram às formas naturais, como uma cadeira feita de ossos e esculturas de madeiras que recriam a anatomia de um escorpião.
Sem dúvidas, cada objeto tem uma história para contribuir para a evolução do design ao longo de décadas, deixando visíveis ora revoluções ora traços de imutabilidade.
Objetos pragmáticos expostos como arte tradicional.
Com trabalhos que podem parecer desconectados do MoMa
e do mundo da arte como um todo de tão comuns e alheios a tal pensamento, os esforços de dar espaço para o visitante observar e refletir são aparentes. Afinal, traduzindo bastante esta era digital e participativa, às vezes é preciso deixar que as pessoas conectem os pontos por elas mesmas. E são com tais objetos pragmáticos que a exposição busca refletir passado, presente e futuro.
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