Donos de cinemas querem que trailers parem de estragar os filmes
Associação americana lança guia de boas práticas para o marketing de Hollywood
Você assiste um trailer no cinema ou dá play no YouTube, e ao final dos quase três minutos tem a sensação de que já sabe tudo o que vai acontecer no filme. Saiba que você não está sozinho. A própria indústria acha que isso precisa mudar. Bem, pelo menos os donos das salas de cinema acham.
A National Association of Theater Owners dos EUA divulgou hoje um guia de boas práticas para que os estúdios criem e divulguem seus trailers: As prévias não devem ter mais do que dois minutos de duração, e só podem ser reveladas dentro do período de cinco meses antes da estreia do filme.
A adesão é voluntária, e segundo o Hollywood Reporter
pode acontecer em bom número, já que os estúdios não tem a menor intenção de entrar em conflito com os exibidores. Apesar da grande presença de material e divulgação online, as produtoras dependem muitos dos trailers nos cinemas e comerciais de televisão para atrair público aos cinemas.
O que mais me chama atenção nessa iniciativa, é que é a primeira voz oficial – se assim posso dizer – a se levantar contra o excesso de informação que o marketing cinematográfico adotou nos últimos anos. Trailers cada vez mais longos, e que revelam partes importantes da trama. Não é incomum assistir uma comédia, por exemplo, e notar que as melhores piadas estavam no trailer.
Porém, os mais engraçadinhos irão argumentar que esse tipo de norma seria o mesmo que emissoras de TV ditando como as agências de publicidade devem criar os comerciais.
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