O enterro do Bentley de Chiquinho Scarpa é campanha pela doação de órgãos
História absurda com desfecho feliz e responsável.
Fez um barulho danado nos últimos dias a notícia de que Chiquinho Scarpa, esta figura mítica agora também das redes sociais, enterraria um de seus bens mais preciosos, um Bentley avaliado em R$ 1,5 milhões.
Claro, ninguém em sã consciência enterraria um Bentley. Por mais que o Conde tenha se empolgado com a ideia dos faraós que enterravam fortunas para chegarem ricos ao mundo dos mortos, todo o ouro hoje está em museus ou coleções particulares. Ele sabe disso, ou pelo menos deveria saber.
Mas a história moveu um belo circo, incluindo a transmissão ao vivo do enterro pela Record.
Ocasião em que Chiquinho Scarpa “desistiu” da ideia e afirmou que, por mais precioso que seja, nada tem valor depois de enterrado.
Tratava-se de uma campanha publicitária para incentivar a doação de órgãos. Daqui a alguns dias começa a Semana Nacional da Doação de Órgãos, com mais mensagens institucionais sobre o assunto.
O B9 sempre questiona o limite de pegadinhas feitas com o público (já gravamos até Braincast sobre o assunto). Quando lemos a história pela primeira vez, reconhecemos a mente endiabrada dos criativos publicitários no jogo. Se o desfecho fosse um novo programa de TV ou campanha para poupança de banco, esta nota talvez nem estivesse aqui (entendam, agências, que são poucos os fins que justificam os meios).
No tênue limite entre o barulho para o bem e o barulho que se torna algo maior do que o produto final será, ponto para a campanha da Leo Burnett
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