Faca em mão de criança…
Campanhas contra as drogas existem a rodo por aí. Se elas funcionam ou não, é uma grande incógnita. Acredito que causem mais impacto no público não-usuário, do que nos próprios viciados em drogas, que geralmente não estão nem aí para o que você, eu ou um comercial de TV queira dizer.
Porém, obstante a eficiência de cada uma, acredito que o mais importante de tudo é a conscientização. O que precisa ser dito está sendo dito, o resto é decisão de cada um. Uma vez causei polêmica nesse blog, pois declarei que sou totalmente a favor da liberação de todo tipo de droga. E continuo com o mesmo pensamento.
Acredito que tal medida diminuiria a violência, geraria dinheiro para o governo, empregos e etc. Conscientização sempre e com drogas vendidas como cigarro e cerveja em qualquer padaria ou farmácia. Em Portugal foi assim, na Holanda também, e os índices de violência caíram, e muito.
Bom, mas mudando o mérito da questão. Dessas iniciativas anti-drogas, a que mais gosto é a da Parceria Contra Drogas, do famoso slogan: “Drogas. Nem morto”. A grande maioria dos anúncios são absolutamente excelentes, impactantes e dramáticos.
Lembram daquele que mostrava um rapaz comprando drogas, e depois o traficante comprando armas? Sensacional. O texto dizia: “O que você faz com o seu dinheiro é problema seu. O que ele faz com o seu dinheiro, também é problema seu.”
São filmes que fazem você sentir o drama, sentir na pele a situação. Com este anúncio que trago aqui hoje, não é diferente. Intitulado de “Bebê”, foi criado pela Salles também para a Parceria Contra Drogas.
As cenas apresentadas são simplesmente agonizantes e de puro nervosismo. Um bebê entra na cozinha e começa a brincar com um faca. Logicamente, o espectador já espera pelo pior. A criança pega na lâmina, coloca a faca na boca e parece se divertir, sem ter a mínima noção do que está fazendo.
Por ser em preto e branco, sem trilha sonora e apresentar uma atmosfera totalmente sombria, o comercial se torna ainda mais desesperador, pois a solidão do bebê é claramente perceptível. Não há nínguem para ajudar.
No final, o título arrebetador é quase como um soco no estômago: “Com as drogas também é assim. Quem usa, não sabe o risco que está correndo.”
A decisão de usar um bebê é polêmica. Simbolo de inocência e ternura. Por isso mesmo o filme torna-se tão chocante, e passa a mensagem com uma clareza incontestável. A primeira vez que assisti este anúncio foi numa palestra sobre ações sociais, e ele causou frissom na platéia.
A peça levou prata no Clube de Criação de São Paulo. Clique aqui para fazer o download do filme em formato .mov. O arquivo tem 951 KB.
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