IAB Mixx: Segundo dia é sobre conversas e Facebook
O primeiro dia do IAB Mixx foi basicamente sobre métricas (falei sobre ele aqui). O segundo e último dia foi mais sobre conversas. Esse foi o tema central das palestras dos executivos do Twitter (Joel Lunenfeld, Vice President, Global Brand Strategy), do Tumblr (Rick Webb, Consultant, Marketing and Revenue) e também do debate sobre as eleições aqui dos EUA.
É claro que rolou um monte de clichês, porque boa parte desses eventos é baseado em afirmar o óbvio: mídia interativa é lugar de diálogo, o conteúdo que você coloca na internet se espalha através dos usuários, dependendo do engajamento deles. Mas o que foi legal é que cada palestrante colocou o ponto de vista deles e das suas empresas, o que foi bastante surpreendente.
Surpreendente porque, ao contrário dos outros anos, a maior parte do que foi apresentado era informação sólida e não especulações sobre o futuro. Dessa vez não teve ninguém com “killer app”, “killer format”, “killer prediction”, “killer PowerPoint” (ainda que a apresentação do Tumblr tenha sido bem divertida). Não precisou de nada disso. Os resultados, as estatísticas, as possibilidades reais que estavam sendo apresentadas eram suficientes para deixar todo mundo interessado.
Ou seja: esse segundo dia de conversas confirma o que eu disse sobre o primeiro. O meio online (americano) já tem números suficientemente bons para impressionar agências e anunciantes e efeitos especiais podem ficar em segundo plano.
A última palestra destoou um pouco do clima todo, pela importância dos participantes: Marc Andreessen (o cara do Netscape) e Sheryl Sandberg, COO do Facebook. Acabou sendo uma grande entrevista sobre o Facebook (boa parte sobre o IPO fail), conduzida pelo jornalista Charlie Rose e comentada por Andreessen.
Eu achei um pouco perda de tempo, porque tudo que podíamos saber sobre esse assunto a gente já sabe. E podíamos aproveitar melhor a presença de alguém genial como o cara que inventou o browser. Mas o pessoal curtiu bastante. Você pode tirar suas próprias conclusões: iab.net/mixx12
O curioso é que eu acompanhei o evento de olho no Twitter, cheio de notícias sobre o Maximídia na timeline. A minha impressão é que, enquanto aqui nos EUA o clima é de “o que vamos fazer com esses resultados fantásticos que estamos obtendo?”, no Brasil o clima é “como vamos acomodar essas coisas novas no esquema que estamos mantendo há anos?
”. Um pouco desanimador, mas como eu falei no texto de ontem: o que acontece no mercado dos EUA, geralmente se repete no mercado do Brasil. Vamos torcer pra esse clima de otimismo chegar logo no ano que vem.
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