Tina Fey e as 4 leis da improvisação que vão mudar sua vida e queimar a gordura da barriga
Se nas últimas décadas o mundo passou a ser dominado pelos nerds e pelas mulheres, Tina Fey é nossa rainha suprema. Nerd, gata e mais inteligente que eu e você somados, um amigo meu chegou uma vez a dizer:
“Tina, faz um filho em mim!”
Não eu. Um amigo.
Quando falo que estou lendo a biografia da Tina Fey a reação mais comum é questionarem a existência da biografia de uma pessoa que ainda está viva e produzindo loucamente. Mas o livro — “Bossypants”, que não está diponível em português — é muito mais um apanhado de histórias engraçadas e auto-depreciativas da vida da comediante.
“Na improvisação não existem erros, apenas belos acidentes felizes.”
Lá encontrei uma parte que tem muito a ver com quem trabalha no mundo das ideias, criações e infrutíferas reuniões de brainstorm. Vem da formação do teatro de improviso do Second City, fábrica de comediantes que nos trouxe (entre suas sedes de Chicago e Toronto) gente como John Belushi, Gilda Radner, Dan Aykroyd, Chris Farley, John Candy, Catherine O’Hara, Eugene Levy, Steve Carell, Amy Poehler, Stephen Colbert…
Portanto segue aqui o trecho do livro onde Tina fala das regras do teatro de improviso que podem ser aplicadas diretamente em nossas vidas. O que provavelmente é uma violação de direitos autorais e vai tirar o B9 do ar para sempre. Salvem tudo em PDF. A tradução é minha e do meu mais novo melhor amigo, o Google Tradutor.
A primeira regra da improvisação é concordar. Sempre concorde e diga sim. Quando você está improvisando, isso significa que você é obrigado a concordar com o que seu parceiro criou. Então se nós estamos improvisando e eu digo, “Parado! Eu tenho uma arma!”, e você diz: “Isso não é uma arma. É o seu dedo. Você está apontando seu dedo para mim” nossa cena empacou. Mas se eu digo, “Parado! Eu tenho uma arma!” E você diz: “A arma que lhe dei para o Natal? Seu desgraçado!” nós começamos uma cena, porque concordamos que o meu dedo é na verdade uma arma de Natal.
Agora, obviamente, na vida real você não vai sempre concordar com tudo que todo mundo diz. Mas a regra de Concordar nos faz “respeitar o que o seu parceiro criou” e começar com uma mente aberta. Comece com um sim e veja onde isso leva.
Como improvisadora, eu sempre me irrito quando encontro alguém na vida real cuja primeira resposta é não. “Não, nós não podemos fazer isso.”; “Não, isso não está no orçamento.”; “Não, eu não vou segurar sua mão por um dólar.” Que vida é essa?
A segunda regra da improvisação não é só para dizer que sim, mas SIM, E…. Você é tem que concordar e, em seguida, acrescentar alguma coisa que criou. Se eu começar uma cena com “Caramba, como está quente aqui.”, e você simplesmente disser, “Sim …” a gente meio que ficou num impasse. Mas se eu disser: “Caramba, como está quente aqui.”, e você disser: “O que você esperava? Nós estamos no inferno.” Ou se eu disser: “Caramba, como está quente aqui.” e você disser: “Isso não deve ser nada bom para as estátuas de cera.” Ou se eu disser “Caramba, como está quente aqui.” e você diz: “Eu te falei pra não entrar na boca desse cachorro.” vamos chegar em algum lugar.
Para mim “SIM, E…” significa não ter medo de contribuir. Contribuir é sua responsabilidade. Certifique-se sempre de que você está adicionando algo à discussão. Suas adições são válidas.
A próxima regra é faça afirmações. Esta é uma forma positiva de dizer “Não faça perguntas o tempo todo.” Se estamos em uma cena e eu digo: “Quem é você? Onde estamos? O que estamos fazendo aqui? O que há nessa caixa?” Eu estou colocando pressão em você para chegar a todas as respostas.
Em outras palavras: seja qual for o problema, seja parte da solução. Não basta sentar levantando questões e apontando os obstáculos. Todos nós já trabalhamos com gente assim. Essa pessoa é um saco. Geralmente é a mesma pessoa ao redor do escritório que diz coisas como “Não é calórico se você comer de pé!” e “Eu me senti ameaçado quando Terry levantou a voz.”
Fazer afirmações também se aplica a nós mulheres: fale em afirmativas em vez de questões apologéticas. Ninguém quer ir a um médico que diz: “Eu vou ser seu cirurgião? Estou aqui para falar com você sobre o seu procedimento? Eu era o primeiro da minha turma na Universidade Johns Hopkins, sabe?” Faça afirmações, com suas ações e sua voz.
Em vez de dizer “Onde estamos?” faça uma declaração como “Cá estamos na Espanha, Drácula!”. Tá bom, “Cá estamos na Espanha, Drácula!” pode parecer um início terrível de uma cena, mas isso nos leva à melhor regra:
Não existem erros, só oportunidades únicas
. Se eu começar uma cena como o que eu acho que é muito claramente um policial andando de bicicleta, mas você acha que eu sou um hamster em uma roda de hamster, adivinhem? Agora eu sou um hamster em uma roda de hamster. Eu não vou parar tudo para explicar que na verdade era para ser uma moto. Quem sabe? Talvez eu vou acabe sendo um hamster policial, que foi colocado na ronda da “roda de hamster” porque sou “cachorro louco” na rua.
Na improvisação não existem erros, apenas belos acidentes felizes. E muitas das maiores descobertas do mundo foram por acaso. Olha aí para a manteiga de amendoim de Reese Cup, ou o Botox.
* estas regras não queimam a gordura da barriga
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