Braincast TV | Opinião a respeito da faixa-bomba

Com a repercussão da faixa-bomba do Braincast TV, e penso agora que o apelido dado ao bloco pela galera do Enxame foi bem apropriado, acredito que eu, como autor do Brainstorm #9, devo dar os meus pitacos.

A proposta do Braincast é conversar com as pessoas, debater com os profissionais do mercado de forma descontraída, ouvir e refletir. Concordar ou discordar. E dar oportunidade para todos opinarem a respeito. A opinião dos convidados não necessariamente representa o meu ponto de vista, ou o de quem produz o programa. E para a discussão ficar mais rica, é até interessante que nem sempre represente. Acredito que isso é até óbvio, mas não custa reforçar.

Gustavo Fortes e Wagner Martins, sócios da Espalhe, expuseram suas opiniões no Braincast. Elas foram colocadas no ar com consentimento deles e cada um assume a responsabilidade sobre o que falou.

Da mesma maneira, o Braincast pretende visitar diversas outras agências e ouvir outras opiniões que, repito, não necessariamente refletirão os meus pensamentos e de quem está por trás do projeto Braincast TV.

Só para dar um exemplo, eu adoro a campanha do Unibanco. Não sou cliente para saber se entregam o que vendem, mas como publicitário, acho uma excelente idéia criativa. Por outro lado, não gosto das campanhas do Bradesco. Também não sei se eles estão salvando o planeta como dizem, mas não gosto pelo simples fato de ser uma campanha sem personalidade.

Não faço críticas aos profissionais envolvidos nesses trabalhos, pois conheço bem o dia-a-dia de uma agência de publicidade, assim como suas dificuldades e desafios.

Gosto sim, de discutir idéias. Em 6 anos de blog, foi o que sempre procurei fazer, e como você leitor bem sabe, falando muito mais de idéias boas do que ruins.

Resumindo, tem coisas que concordo e discordo do que foi dito no Braincast, mas nem por isso acho que devo editá-lo, correndo o risco de distorcer a opinião dos convidados só para se adequar à minha.

Eu pouco falo da agência em que trabalho aqui no blog, assim como nos podcasts e videocasts, justamente para não misturar as coisas. Não ser chapa-branca, nem causar desconforto com quem trabalho. Obviamente, sei que é impossível separar totalmente, mas deixo que o conteúdo que produzo me influencie positivamente dentro da agência, no trabalho que faço, numa relação de fora pra dentro, e não o contrário.

É por isso, e por ética, que não faria qualquer tipo de comentário a respeito do Eduardo Fischer por quem nutro respeito e admiração, nem de qualquer outro profissional do mercado. Até porque, o Eduardo tem nome, história e gabarito o suficiente para não precisar da minha ajuda em sua defesa. Na verdade, eu nem acho que ele precise de defesa para tais acusações.

Acima de tudo é importante dizer que sou um apaixonado por propaganda – seja um comercial de 30 segundos ou um viral. Não importa o formato. É por isso que esse blog foi criado e existe até hoje. Não pra ditar regras, ou dizer o que é certo ou errado e sim para conversar e compartilhar. As regras, deixo para os gurus do mercado.

É evidente que o vídeo é polêmico. Assim, gurus, apaixonados ou estudantes cada um resolveu dar sua opinião, transformando o vídeo em algo maior do que efetivamente é. Por isso, ao contrário do que costumo fazer, decidi escrever este post. Para lembrar que, no fundo, estamos lidando com algo novo. Vamos errar e acertar muito, mas ainda assim, prefiro este caminho, onde todo mundo pode dar sua opinião, seja em um videocast, um podcast, um post, ou nos comentários deste ou de outro blog.