Aqui sentou uma pessoa com AIDS
Na hora de criar uma peça, muitas vezes imaginamos as coisas mais absurdas. Isso faz parte, lógico. Viajar na maionese é uma arte, onde é necessária muita prática e uma cabeça treinada para levar em consideração toda besteira que for dita. 90% do que é dito num brainstorm nunca vai ver a cara da rua (a humanidade agradece), mas precisa ser anotado.
Alguém que não está acostumado com isso usa apenas a racionalidade e tende a dar um basta quando as idéias transcendem a barreira do real, do concreto. É aquele que sempre vai dizer: “mas sapos não falam”, “carros não voam” ou qualquer outro corta barato do tipo.
Porém, fazer essa viagem tem como objetivo primordial chegar ao mais simples, no óbvio oculto. E para isso, muitas vezes nem é preciso sapos falantes ou carros voadores. Apenas a realidade basta. Quando se trata de comportamento humano então, aí é como colocar as pessoas contra a parede e revelar seus pensamentos mais recônditos.
Utilize o que as pessoas fazem normalmente, ou melhor, que fariam mas não admitem. Isso quando mostrado publicamente, funciona como um tapa na cara, de criar vergonha e incentivar a reflexão.
É o caso desse comercial criado pela agência Master de Curitiba para falar do preconceito quanto a AIDS. Não foi preciso ser ficcional em nada. As cenas são reais, as pessoas são reais e pior, o comportamento é real.
Uma idéia simples e impactante que utiliza as próprias pessoas como cobaias para mostrar um pensamento automatizado. São essas mesmas pessoas que diriam: “Não, eu não tenho preconceito contra nada”.
Intitulado de “Cadeira”, o comercial foi premiado com Prata no The One Show 2004, Bronze no Clio Awards 2004 e Ouro no Prêmio Folha/Meio&Mensagem 2005.
Clique aqui (botão direito – Salvar destino como…) para fazer o download do filme em formato .MPG. O arquivo tem 4.73 MB.
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