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Batman como deve ser

por Carlos Merigo

Para a maioria dos fãs das HQs de Batman, o Homem-Morcego jamais deveria ter aparecido nas telas do cinema da forma como foi feito. Mesmos os dois primeiros episódios dirigidos por Tim Burton, são, na maior parte do tempo, um equívoco.

Mesmo assim ainda foram filmes capazes de agradar muita gente e serem eficientes em muitos aspectos, como na atmosfera sombria e gótica que Burton sabe fazer como ninguém. Além do mais, “Batman” e “Batman Returns” são produções que trouxeram a tona um dos melhores diretores da atualidade. “Os Fantasmas se Divertem”, “Edwards Mãos de Tesoura”, “Ed Wood”, “Peixe Grande” e etc, falam por si só.

Porém, os aficionados por Batman sequer imaginavam que as trevas ainda estava por vir, e que Batman sob a tutela de Burton não teria sido tão mal negócio assim. Quando Joel Schumacher colocou as mãos no personagem da DC Comics, fez questão de mandar a cine-série do Morcego para o cemitério. Era o fim.

Apesar de sua carreira irregular, confesso que gosto do trabalho de Schumacher. Desde o clássico sessão-da-tarde “Os Garotos Perdidos”, que fiz questão de comprar minha edição de colecionador em DVD duplo recentemente, como também nos ótimos “Tempo de Matar” e “Por Um Fio”. Até sua criticada versão de “O Fantasma da Ópera” é um filme que gostei.

Mas dar qualquer resquício de roteiro do Batman para ele dirigir foi um erro sem volta. Quando parecia ser impossível piorar, Schumacher provou que estávamos errados, era possível piorar sim, e muito. Ele chutou cachorro morto e fez “Batman e Robin”. Não tinha jeito, era o fim do Morcegão nas telas do cinema.

Será que alguém poderia salvar Batman do limbo nos cinemas? Nome melhor não poderiam ter escolhido. Christopher Nolan é uma das maiores promessas da safra atual de jovens diretores de Hollywood. Não precisa dizer nada porra, ele é o cara que fez “Amnésia”!

O resultado disso é que “Batman Begins” é, sem sombra de dúvida, a ressusreição do Homem-Morcego nos cinemas. Resgatado das cinzas, o Batman de Nolan é o mais fiel, sombrio e convincente de todas as versões que já passaram pela tela grande.

Aquele que só quer ver um filme de aventura com um cara fantasiado, vai se decepcionar com a demora que Batman leva para aparecer em ação. Mas, a transformação do menino medroso em defensor da justiça é espetacular. Nolan nos leva em uma viagem junto com Bruce Wayne, nos identificamos com o personagem e sentimos sua dor. Depois que se consegue arrancar isso do espectador, o diretor tem tudo nas mãos.

Eu dividiria “Batman Begins” em duas partes: do começo pro meio, é um filme de Nolan. Da metade pro fim, é um filme do Batman. E não poderia ser diferente, Batman é um personagem com vida própria e nada mais justo que, depois de mostrado seu dramático surgimento, o filme passasse a ser uma aventura típica do Homem-Morcego. Com vilões bizarros, becos escuros e sujos, apetrechos tecnológicos de todo tipo e piadinhas entre um capanga e outro.

“Batman Begins” é bom porque nos parece palpável, fica longe dos exageros cartunescos cometidos nos outros filmes. Gotham City esta claustrofóbica como nunca, corrupta como sempre. E poderia ser qualquer cidade grande de nosso mundo atual carente por alguém que tentasse de verdade mudar as coisas.

“Batman Begins” é bom porque Batman dá medo, é visceral. Batman assusta seus inimigos como um predador, se esconde na sombra, e nós mesmos nos surpreendemos com suas investidas. Batman é uma ameaça ao crime. Ele não é um bobo fantasiado.

“Batman Begins” é bom quando, até que enfim, mostra a vida de excessos do playboy Bruce Wayne e cria aí sim seu verdadeiro disfarce. Porque Wayne só é de verdade quando é Batman, o resto é fachada.

“Batman Begins” é bom porque é emocionante. Impossível não se arrepiar com a cena que mostra o Homem-Morcego oculto entre as sombras em pé na torre de um edifício olhando por Gotham City.

“Batman Begins” é bom porque tem um elenco fantástico. Morgan Freeman, Liam Neeson, Michael Caine, Gary Oldman, Tom Wilkinson, Ken Watanabe. Absurdo. E Christian Bale? Sem dúvida o melhor Batman, quem diria que o menino de “O Império do Sol” fosse ser o responsável por isso.

Claro, “Batman Begins” não é tão bom quanto mostra um excesso de vôos do personagem, quando apela para interesses românticos desnecessários, quando Nolan exagera a mão e torna a maioria das lutas confusas demais. E também, alguns alívios cômicos não funcionam como deveriam, aparecem na hora errada.

Mas, “Batman Begins” é finalmente o filme que o Homem-Morcego merecia. A união perfeita da realidade do homem comum que vive na cidade grande e do justiceiro cheio de truques que enfrenta inimigos com planos mirabolantes. Que venha o próximo.

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