Red Border
Em meados da década de 1990 as revistas de notícias e variedades eram consideradas dinossauros destinados a extinção. Com o surgimento de novas tecnologias, como a internet, o desinteresse do público pelas velhas publicações impressas começou a aumentar.
Aqueles velhos profetas do apocalipse, os mesmos que “previram” o fim do rádio e do papel, diziam: “É o fim das revistas como fonte de informação”. Bobagem, como sempre. Mas nem por isso a audiência das revistas deixou de cair.
A Time, uma das maiores revistas semanais do mundo, sentiu que era hora de se reposicionar e recuperar o mercado pedido. A responsável por esse trabalho foi a Fallon de Nova York.
Criaram um conceito que refletisse a essência da revista: diversidade de comunicação aliada a profundidade de discussão sobre diversos temas, passando pelo social, cultural e comportamento.
Para representar isso, foi escolhido um elemento gráfico bastante característico da revista Time: a borda vermelha. Desde que o mundo é o mundo, a Time tem um retângulo vermelho que envolve toda a extensão da capa. Um detalhe, claro, mas que serviu para criar uma campanha antológica.
Os anúncios trazem imagens que tem apenas uma pequena parte envolta pela borda vermelha. Abaixo de cada peça, um texto reflexivo e desafiador sobre determinado assunto.
Essa linha de comunicação da Time se estendeu por anos. Começou nos EUA, mas logo foi levada até a Europa e a Ásia, sendo relançada com novos anúncios em 2003.
No início, a assinatura utilizada era: “The world’s most interesting magazine”. No relançamento passou a ser: “Join the conversation.”
O resultado: é considerada a Campanha Impressa da Década de 1990.
Abaixo coloco os anúncios mais significativos, incluindo os primeiros veiculados por volta de 1995 e mais alguns que foram publicados em 2003. Vale a pena observar cada um e ler o texto.
Always the truth.
Occasionally, the awful truth.
The pages of history.
This week’s chapter.
And everything in between.
Which is more infectious?
The organism?
Or the fear?
At what point do national security
and common sense collide?
Are war and oil too closely related?
Should it be legal?
Should it be medicinal?
Should we get a pizza?
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