Neve que voa
Assim como todo mundo, eu esperei muito tempo por “Herói”. Tentei ainda assistir o filme durante a Mostra Internacional de Cinema aqui em São Paulo no fim do ano passado. Sem sucesso. Ingressos esgotados e uma fila imensa para a única sessão do filme. Pra quem já tinha esperado tanto tempo, o jeito seria ter paciência por mais alguns meses. Finalmente, no fim de semana, garanti meu lugar na confortável poltrona do Kinoplex Sala 6 (o único com o fabuloso som THX da cidade). No final das contas, ficou a sensação de: “eu esperava mais”. É um filme magistral sem dúvida, mas no visual, na composição das cenas. É tecnicamente irrepreensível, um filme também obrigatório para todo diretor de arte que se preze. Só que a história não me comoveu muito, faltou criar uma relação maior entre personagem e espectador. É bom sim, mas não tanto. Talvez eu tenha me ferrado com as minhas próprias expectativas. |
Não importa. Só os tecidos esvoaçantes, coreografias e a utilização “fuderosa” das cores, já vale o ingresso. Vou assistir de novo, quem sabe eu não perco essa birra inicial.
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