Burger King | Whopper Virgins

Um ano depois do bem-sucedido “Whopper Freakout”, vencedor de Integrated Lions em Cannes 2008, o Burger King lança seu novo projeto de conteúdo, com aposta no inusitado e em estilo documentário.

Trata-se do “Whopper Virgins”, pessoas em partes remotas do mundo que jamais experimentam o hambúrguer mais famoso do mundo (segundo a própria marca, é claro). Para tanto, a Crispin Porter + Bogusky convidou ninguém menos que Stacy Peralta para dirigir a ação, o skatista profissional responsável por filmes como “Dogtown and Z-Boys” (ganhador em Sundance 2001), “Riding Giant” e “Lords of Dogtown”.

A proposta é viajar mais de 32 mil quilômetros, utilizando 13 aviões, 2 trenós e 1 helicóptero para encontrar os virgens de Whopper pelo mundo e promover um teste: qual é melhor? Whopper ou Big Mac? Claro que a provocação ao McDonald’s não iria faltar.

A comitiva do Burger King passará por locais como uma vila remota no norte da Tailândia, uma comunidade rural na Romênia e uma tundra ártica na Groenlândia.

A estréia de Whopper Virgins tem data marcada: 6 de dezembro, exclusivamente online no site whoppervirgins.com. Alguns teasers de 30 segundos já começaram a ser exibidos na TV americana, anunciando a jornada.

Acontece que a polêmica também já começou, com críticas partindo de blogs e da mídia especializada. Duncan Rileym do Inquisitr, por exemplo, setenciou que a nova campanha do Burger King não pode ficar mais ofensiva do que já é, visitando pessoas pobres em locais remotos, muitas das quais mal conseguem sobreviver abaixo da linha pobreza, e enfiar-lhes um hambúrguer goela abaixo.

No Adfreak, Brian Morrissey disse que a campanha é constrangedora e emblemática ao mostrar como os americanos continuam sendo ignorantes em relação ao resto do mundo.

Discutir moralidade quando se fala de propaganda leva muito mais que um post, mas não tenho dúvidas de que o Burger King vai conseguir, mais uma vez, gerar barulho com sua campanha. Só que agora, certamente, não da maneira como gostariam.

A idéia é original e impactante, mas soa como um insulto ao focar em pessoas miseráveis que precisam de muito mais do que participar de uma disputa entre duas corporações bilionárias.

| Via Inspiration Room