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Way of the future

por Carlos Merigo

| UPDATE: Após assistir o filme pela segunda vez, mudei bem minha opinião em relação a “O Aviador”. Continuo achando Cate Blanchett especialmente irritante, mas o filme como um todo é excelente. Hoje, dou nota máxima para o filme de Scorcese. Nada como rever um filme e observar os detalhes.

Segue minha crítica inicial:

Eu não contesto que Martin Scorcese seja um dos maiores diretores de cinema de nosso tempo. Também não contesto que Leonardo DiCaprio tenha feito um trabalho arrasador, praticamente a reinvenção de um ator até então considerado um moleque que apenas atraia adolescentes ensandecidas ao cinema.

E da mesma forma, também acho que seja um filme tecnicamente impecável e com cenas maravilhosas. Mas confesso que não entendo todo o rebuliço em torno de “O Aviador”. Talvez por Howard Hughes ser um homem (também) de Hollywood, talvez por ser uma super produção milionária que há tempos estava engavetada. Porém, em matéria de emoção e relacionamento com o espectador, “Menina de Ouro” de Clint Eastwood levaria o Oscar fácil.

“O Aviador” é um filme bom, não contesto isso, mas até certa medida. O começo é arrastado, lento, confuso, chato. Principalmente toda aquela conversinha nos restaurantes que pouco adicionam a história. A Katharine Hepburn de Cate Blanchett é especialmente irritante, e minha torcida foi para que ela saísse de cena o mais rápido possível.

Eu já começava a ver um Scorcese repetindo o mesmo erro de seu trabalho anterior, “Gangues de Nova York, onde utilizava uma narrativa caótica e sem foco que deixava o espectador completamente perdido e sem criar nenhum vínculo com os personagens.

Felizmente o filme engata da sua metade pro final, e ficou claro para mim que o que mais interessava mesmo era Howard Hughes, seus feitos e seus conflitos, e não vê-lo jogando golfe com Hepburn. A cenas mais intessantes são justamente aquelas em que vemos um Hughes visionário, teimoso, ambicioso e dizendo: “não diga que não dá pra fazer”.

Seu depoimento no senado, seu estado de quarentena e os momentos em que o vemos testando suas máquinas são bombásticos, principalmente quando ele se espatifa no chão com seu avião-espião. Foram justamente nessas cenas em que vi um “O Aviador” inesquecível, mas que foi prejudicado por pontos na trama extremamente irritantes.

Claro que toda a excentricidade e nuances da vida do bilionário americano já dariam um ótimo filme, mas Scorcese criou um Howard Hughes de cinema e poderia muito bem ter dado ênfase a alguns fatos em detrimento de outros.

Definitivamente não é o melhor filme de Scorcese, mas ainda assim é um bom Scorcese e pelo conjunto de sua obra merece o Oscar de melhor diretor, mas não de filme. O que “O Aviador” merece é ser reconhecido pelas suas proporções hercúleas, o que não é pouca coisa.

Scorcese criou um épico biográfico e “O Aviador” é minuciosamente uma recriação de época em que nenhum detalhe foi deixado de lado. Visualmente é suntuoso, a começar pelo estilo dos anos 1930 e 1940, que leva o espectador numa viagem à mais de 60 anos.

Porém, que mais me impressionou foram a fotografia e direção de arte do filme. Simplesmente, um colírio para os olhos. As cores utilizadas dão uma intensidade imensa para cada cena e Scorcese nunca abusa dos efeitos especiais, mesmo quando retrata a queda do avião em Beverly Hills.

Outro destaque, como já citei, foi a atuação de Leonardo DiCaprio. O ator consegue retratar Howard Hughes de maneira impressionante em todas as fases, e mesmo com todos os seus distúrbios e transtornos nunca deixa que Hughes se torne uma pessoa abominável. Pelo contrário, terminamos o filme gostando dele e vibrando com os tapas na cara que deu na MPAA, órgão que controla a censura nos EUA e no governo do seu país.

Claro que existiu uma curiosidade em saber como o fim da vida de Hughes seria retratado, já que a cada ano ele passou a ficar cada vez mais recluso e se afundar na sua obsessão, como fica claro nas últimas cenas do filme. Porém, Scorcese terminou no tempo certo e de forma até profética, que reitera aquilo que Hughes buscou durante toda sua vida: o caminho do futuro.

Enfim, “O Aviador” é um filme especial por suas características técnicas e visuais, e como eu disse, deverá ser reconhecido por isso. Mas a falta de foco em diversos pontos da narrativa prejudica o lado emocional do filme e nossa relação com o próprio biografado.

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