No mês em que se celebra o Sistema Braille, a Coral apresenta uma iniciativa que busca democratizar o acesso às cores para pessoas cegas e com baixa visão. O projeto “Cores que Tocam”, desenvolvido pela VML Brasil com consultoria técnica da Fundação Dorina Nowill para Cegos, traduz 70 cores do portfólio da marca em experiências sensoriais.
A escolha do número de cores não é aleatória – representa os 70 anos que a marca completa no Brasil.
O desenvolvimento dos “Cromopoemas” – textos que traduzem as cores em sensações, histórias e emoções – parte de estudos da neurociência que mostram que cores também se manifestam no cérebro de pessoas cegas através de memórias e associações emocionais.
Por exemplo, a cor “Laranja Cítrico” é descrita como “aquela vontade de morder uma fruta fresca no recreio. Deixar o suco escorrer pelo queixo e passar o dia com o perfume dela nas mãos”. Essas descrições poéticas são gravadas em áudio e também disponibilizadas em Braille.
Cada cor é apresentada em um leque especial, com cartelas pretas contendo o texto em Braille na frente e o nome da cor em fonte ampliada no verso para pessoas com baixa visão. Até o logotipo do projeto reflete a preocupação com acessibilidade, simulando a pressão de uma mão tocando e lendo em Braille.
O projeto vai além do tato. Em parceria com a produtora Vox Haus, cada Cromopoema foi transformado em narrativa sonora e disponibilizado no canal do YouTube da Coral. A direção de som foi pensada respeitando a ultrassensibilidade auditiva da comunidade de pessoas cegas.
Um detalhe técnico importante foi permitir que os áudios pudessem ser ouvidos em velocidade 2x sem perda de qualidade – uma conveniência para quem interage com o mundo principalmente através do som.
“Acreditamos que a inclusão acontece quando as diferenças são respeitadas e valorizadas. Projetos como o ‘Cores que Tocam’ representam um avanço significativo nesse caminho”, afirma Alexandre Munck, superintendente executivo da Fundação Dorina Nowill para Cegos.
Para criar os Cromopoemas, a equipe da VML Brasil partiu dos códigos técnicos de cores (RGB, CMYK e HEX) e os transformou em textos que evocam memórias e sensações.
“Nosso desafio foi criar uma experiência que transcendesse a visão, unindo acessibilidade à beleza da expressão poética,” explica Gabriel Sotero, diretor executivo de criação da VML Brasil.
Juliana Zaponi, gerente de Comunicação e Cores LATAM da AkzoNobel, ressalta que o projeto reafirma o compromisso da marca em fazer com que “mais pessoas possam sentir e escolher cores de uma forma inovadora, indo além da visão e explorando novas formas de conexão sensorial”.
Os 70 Cromopoemas podem ser acessados através do canal do YouTube da Coral, onde estão disponíveis em formato de áudio para o público em geral.
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