Com “Go Wild”, Puma redefine sua identidade global e aposta na euforia da corrida
Marca alemã apresenta novo conceito criado pela adam&eveDDB enquanto testa comercial 100% produzido por inteligência artificial
Um dia após revelar um comercial experimental produzido inteiramente por agentes de IA, a marca alemã lançou nesta quinta-feira (20) sua maior campanha global até hoje – desta vez, bem humana.
Contrastes que revelam estratégia da marca. Enquanto o experimento com IA feito pela agência Monks explora os limites tecnológicos da produção publicitária, a nova campanha “Go Wild”, assinada pela adam&eveDDB, foca justamente no lado mais humano e instintivo do esporte.
“Go Wild” marca uma evolução na identidade da Puma e representa um investimento 40% maior em marketing comparado a 2024. A marca está apostando em uma visão alternativa do esporte – não como desempenho a qualquer custo, mas como forma de autoexpressão, diversão e conexão social.
Nas ruas ou na tela, a Puma busca o território onde desempenho encontra alegria
🎵 Humor na veia. O filme principal da campanha é embalado por uma versão adaptada do clássico “Because I Got High” do Afroman, mas com um twist: a “onda” em questão é a do chamado runner’s high, a euforia natural provocada pela corrida.
Dirigido por Elliott Power, o comercial de 60 segundos mostra corredores comuns – não atletas de elite ou celebridades – em diversos momentos: desde mães com carrinhos de bebê até pessoas correndo com seus cachorros.
↳ “A história é muito universal e o insight é muito único”, explica Richard Teyssier, vice-presidente global de marca e marketing da Puma. “Mesmo que seja difícil quando você começa, você sabe que nunca vai se arrepender de uma corrida por causa das substâncias químicas de felicidade e da sensação que você tem durante e depois da corrida.”
🔍 Por trás da estratégia está uma ampla pesquisa com mais de 10.000 consumidores ao redor do mundo. A Puma identificou quatro segmentos-chave e cinco públicos-alvo, incluindo o que eles chamam de “convivial belongers” (pertencentes conviviais) e “inspiring self-expressers” (autoexpressivos inspiradores).
“Temos um grande segmento que está em sincronia com nosso DNA, que é o maior segmento do mercado, então decidimos jogar 100% nele”, afirma Teyssier. Esses dois grupos representam 42% do mercado global de desempenho e lazer.
⚡ Por que importa: Em um momento em que a Nike domina com narrativas de “performance a qualquer custo”, a Puma busca um território inexplorado conectando desempenho e alegria – uma abordagem que, segundo a marca, ressoa fortemente com a Geração Z.
A campanha já está mostrando resultados promissores em pré-testes conduzidos pela System1, classificando-se entre os 5% dos anúncios mais eficazes orientados para vendas e no top 1% para impacto de longo prazo nos EUA, China e Alemanha.
“Em tempos de memes, queremos que atletas encontrem sua grandeza interior”
Entre tecnologia e humanidade. Enquanto a campanha principal segue o caminho tradicional da publicidade (embora com uma abordagem refreshing), o experimento de IA da Puma com a Monks mostra como a marca está testando diferentes caminhos para o futuro.
De um lado, uma campanha global desenvolvida por uma das agências mais premiadas do mundo. De outro, um comercial gerado por centenas de agentes autônomos de IA, sem intervenção humana direta. A Puma parece estar apostando em todas as frentes possíveis.
🔮 E o que vem depois? A campanha “Go Wild” continuará ativa ao longo de 2025-26, abordando diferentes setores esportivos, incluindo basquete e futebol, e aproveitando grandes eventos esportivos globais.
A Puma também lançará uma série de conteúdos que explicam o conceito “Go Wild” através das histórias de seus embaixadores – de Tommie Smith em 1968 a Usain Bolt em 2008 e Mondo Duplantis em 2024 – mostrando que, seja por meio da tecnologia ou da emoção humana, o objetivo continua sendo conectar-se com seu público de formas novas e significativas.
“É um momento muito importante para nós na Puma porque esse trabalho de DNA da marca que fizemos no último ano é superimportante para moldar o futuro”, concluiu Teyssier.
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