Scott Galloway. Divulgação SXSW
À medida que o South by Southwest (SXSW) de 2025 se desenrola em Austin (Texas), um mosaico de temas emergentes captura a atenção de todos por aqui. Em meio a tantos relatos e opiniões divulgadas por minuto, concentrei-me em identificar pontos comuns — ou diametralmente opostos — que, para mim, delineiam as tendências para 2025 e 2026.
Gostaria de compartilhar quatro desses pontos com vocês:
Desde o pragmatismo ácido de Scott Galloway até as reflexões cinematográficas de estrelas como Pedro Pascal, Robert Downey e Ben Stiller, um tema ressoa com urgência surpreendente: a solidão como nossa maior ameaça contemporânea. Galloway abordou a questão de forma marcante ao comparar a relação dos adolescentes com o álcool ao anseio por união, sugerindo que “onde eles veem embriaguez, eu vejo união.” Esse conceito foi reforçado por várias vozes no festival, incluindo Brené Brown e diversos artistas que destacaram como a solidão permeia os desafios contemporâneos, apesar da onipresença tecnológica.
Fazendo uma digressão, faço a ponte entre a solidão e a sobrecarga de opções que a tecnologia e as marcas impõem aos consumidores. Os consumidores já não desejam mais opções (de produtos, serviços, marcas…). Eles buscam confiança ao fazer as escolhas certas. Galloway vislumbrou um futuro no “Specialty Retail“, onde a curadoria personalizada, potencializada pela inteligência artificial, promete simplificar as decisões de consumo, tornando a experiência de compra mais intuitiva e gratificante.
Um véu de pessimismo, tingido pelas políticas da Era Trump, paira sobre as discussões. O impacto do governo tem sido uma presença constante nas conversas, nos palcos e fora deles. Frustrados, angustiados e temerosos, os americanos expressam suas posições e opiniões políticas com mais intensidade do que em qualquer outro SXSW em que participei.
Em contraste com anos anteriores, em que as pessoas frequentemente assistiam às palestras pelas lentes de seus celulares, no anseio de eternizar cada comentário e cada slide, este ano marca uma mudança. Graças ao avanço de tecnologias como Otter e Plaud, que não só capturam mas também organizam e resumem o conteúdo, fomos liberados para realmente estar presentes, absorvendo a realidade e redescobrindo as interações entre palestrante e audiência que haviam sido perdidas em anos anteriores
À medida que o festival avança, continuo por aqui, vivenciando o habitual FOMO, agora intensificado pelos inúmeros resumos das palestras que não pude assistir, enviados a cada hora. No entanto, as conexões reais que se formam aqui, entre risadas compartilhadas e debates apaixonados, relembram-me que, no coração do SXSW, a verdadeira magia ainda acontece no encontro humano.
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