Economia do Escapismo: brasileiros são os que mais querem “fugir da própria mente”, revela estudo global da McCann
Pesquisa mapeia como o escapismo virou negócio de US$ 10 trilhões e mostra que brasileiros lideram busca por distrações nas redes sociais
A necessidade de escapar da realidade nunca foi tão lucrativa: um novo estudo global da McCann Worldgroup revela que a “Economia do Escapismo” já movimenta US$ 10 trilhões e deve chegar a US$ 13,9 trilhões em 2028, transformando desde viagens até scrollar no TikTok em produtos comercializáveis.
🎯 Por que importa: Em um mundo cada vez mais ansioso, 86% das pessoas globalmente (e 90% dos brasileiros) acreditam que distrações podem ser uma forma saudável de lidar com o estresse do dia a dia.
🌎 No mundo: A forma de escapar varia por região:
- EUA: fogem do “estado do mundo”
- França: desconectam das “notícias”
- China: escapam dos “pais e parentes mais velhos”
- Índia: afastam-se das “redes sociais”
🇧🇷 No Brasil:
- 42,9% tentam fugir “da própria mente” (maior índice)
- 50,4% usam “scroll infinito” como escape (vs. games no resto do mundo)
- 82% preferem relaxar em casa a sair
- Filmes são o entretenimento preferido (27% vs. 18% global)
📱 Geração Z: O estudo mostra que os mais jovens são os que mais sofrem:
- 49% tentam escapar da própria mente
- 59% usam scroll infinito como fuga
- São os que mais enfrentam pressão social
🛎️ Novas fronteiras: O estudo identifica tendências emergentes:
- “Turismo do sono”: experiências luxuosas focadas em descanso
- “Day guesting”: retiros rápidos em hotéis e spas
- “Reinvenção psicodélica”: uso de psicodélicos para crescimento pessoal
- Escapismo através de cosplay e fantasia para gerações mais jovens
💰 Como se divide o mercado:
- Viagens e turismo: US$ 3,2 trilhões
- Álcool: US$ 1,8 trilhão
- Bens de luxo: US$ 460 bilhões
- Cassinos: US$ 372 bilhões
- Saúde e bem-estar: US$ 220 bilhões
- Games: US$ 106 bilhões
- Parques temáticos: US$ 50 bilhões
- Beleza: US$ 66 bilhões
🎯 Para as marcas: “Se seu público não está escapando com você, está escapando com outra marca”, alerta o estudo, que mostra que 44% dos consumidores querem que as marcas entendam suas frustrações e 56% desejam que elas forneçam sonhos.
“Escape costumava ser apenas um destino, mas o estudo mostra como o desejo de escapismo se torna cada vez mais um estado de espírito. No Brasil, essa constante necessidade de escape reflete o contexto sociocultural em que vivemos. As pessoas mencionam querer fugir ‘da própria mente’, o que reforça dados de pesquisas, como a da OMS, que apontam os brasileiros como os mais ansiosos do mundo. Quando dizem preferir ‘relaxar em casa a sair’, isso evidencia como o entretenimento em casa tem se consolidado como uma forma de escapismo diário”, afirma Agatha Kim, CSO da WMcCANN.
O que vem por aí: O escapismo deixou de ser apenas um destino (como férias anuais) e virou um “modo” constante de vida, criando oportunidades para marcas de todos os setores – de tecnologia a alimentos.
O estudo completo Truth About Escapism pode ser acessado no PDF.
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