Cannes Lions 2024: Brasil ainda engatinha no Creative Commerce

A primeira vez que estive no Festival de Cannes foi há 10 anos. E agora, tudo está diferente: o festival mudou completamente e, desta vez, volto como Chief Creative Officer da MRM Brasil, agência de transformação digital do McCann Worldgroup.

O que muda da visão do diretor de arte da David para o CCO da MRM?

O que era diversão se tornou negócio.

Está mais do que provado que criatividade vende e não há categoria que comprove isso melhor do que o Creative Commerce Lions, além da sinergia com as entregas da MRM, criatividade guiada por dados, plataforma digitais, CRM/loyalty, automação e performance.

Por isso, abro meu espaço com uma breve análise da performance do Brasil nessa categoria.

A categoria é recente, começou em 2018 com o nome de Creative E-commerce e os jurados da primeira edição deram 1 Grand Prix, 4 Gold Lions, 4 Silver Lions e 7 Bronze Lions, sendo que o Brasil não levou nenhum metal para casa – menção honrosa para os amigos da Ampfy, que tiveram o primeiro shortlist nessa categoria para o Brasil, junto com a então DPZ&T.

Na história do Creative Commerce Lions, o Brasil soma ao todo 18 shortlists e 6 vencedores. Vou relembrar aqui os cases premiados:

6 Bronze Lions

* 0.0 Barries da Le Pub São Paulo

* Black Business Beats da Gut São Paulo

* Air Max Graffiti Stores da Akqa São Paulo

* Shopping Inside Songs da Ogilvy Brasil

* Accept Real Cookies da ID/TBWA

* We Stand for Newstand da VML Brasil

Ainda estamos engatinhando na categoria. Podemos comparar com Entertainment Lions, criado em 2016, em que o Brasil já soma 13 prêmios, incluindo um Gold Lion para a McCann com Black Santa para Coca-Cola. Com apenas dois anos de diferença, o resultado é discrepante.

Mas e então, o que falta para as nossas ideias terem uma performance melhor em Commerce?

Essa é a pergunta que eu deixo no ar para conversarmos depois da premiação da categoria. Quem sabe esse ano sai o tão esperado Gold Lion para o Brasil em Creative Commerce.