SXSW 2024 – Sou uma Criança

Meu jeito de viver os conteúdos do SXSW é o famoso “Deixa a Vida Me Levar”. Como sempre tenho alguns compromissos pré-agendados com clientes e parceiros, seria muito difícil encaixar os painéis e palestras na agenda com antecedência. Humanos se animam em reuniões, cafés da manhã e almoços. A conversa rola e muitas vezes o tempo voa. Então prefiro chegar na programação do festival com algum grau de surpresa sobre o que vou ver, o que às vezes me traz grandes decepções. Ou felizes surpresas. Foi num momento como esse que eu e a Erika Araújo, do meu time, entramos na palestra “Make Curiosity Contagious“, da Now What, e aprendi um monte de coisas legais.

A Now What é uma consultoria de inovação que trabalha para grandes companhias globais. A empresa acredita que curiosidade é um superpoder, um motor fundamental do nosso trabalho e devemos, antes de mais nada, nos conhecermos bem e aprender sobre nosso estilo de abordar curiosidade para podermos nos conectar com todo nosso potencial. Para nos estimular, a Now What desenvolveu o modelo “Four Curiosity Styles”, onde a partir de um teste simples, gratuito e divertido de fazer, você pode descobrir qual o seu estilo de abordar a curiosidade. São eles: Criança Interior, Rebelde, Explorador, Consertador (na minha tradução livre). Vale conferir o teste nesse link se você se animar, sabendo já de antemão que certamente vai pontuar em todos eles, mas vai identificar um ou dois estilos preponderantes.

Quem estava no palco dando a palestra era o Paul Barnett, fundador e CEO da Now What. Um cara superinteressante e apaixonado pelo trabalho de inovação que faz com seus clientes. Junto com ele estava a Hannah Singleman, que carrega o cargo mais interessante que eu ouvi nos últimos tempos: Head de Perguntas Criativas. Amei o trabalho dela e me fez pensar muito na importância das boas perguntas no nosso dia-a-dia. Queria trabalhar com alguém com esse cargo!

Essa conexão de autoconhecimento e curiosidade nos permite fazer boas perguntas, montar times complementares onde as pessoas saibam tirar o melhor umas das outras, e administrar expectativas. Pessoalmente amei fazer o teste e, como dei spoiler no título, sou do perfil Criança Interior — seguido bem de perto por Rebelde em segundo lugar. Ou seja, eu respondo bem ao abordar aquilo que parece solto, aleatório e não convencional. Acho divertido explorar muitas coisas diferentes ao mesmo tempo e não busco que elas façam sentido de cara. Em algum momento vem a resposta, mas não é um processo doloroso. Por outro lado, é mais desafiador para mim uma forma mais estruturada de exploração, onde é necessário um processo e o estabelecimento de uma lógica de explicação para as coisas, ou mesmo formas de reorganizar componentes de maneira a melhorá-las. Mas já identifiquei durante a palestra vários colegas e amigos dos perfis Explorador e Consertador, com quem trabalho no dia-a-dia. E é aí que está a beleza desses estudos de perfis: justamente no valor que a complementaridade de estilos podem agregar aos times para extrair o máximo potencial das conexões e oportunidades.

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