SXSW 2024: Qual o papel dos humanos na era da IA?
A expansão da tecnologia de forma segura e com seu potencial pleno não depende dela
Com ironia #sqn. Foi assim que o excelente Josh Constine começou o papo com Peter Deng, nada mais nada menos que o VP Consumer do ChatGPT. Josh hoje está no ramo de Venture Partner, mas foi editor to TechCrunch e não se furtou de usar seu passado jornalístico para fazer as perguntar certas pro executivo da Open Ai.
Mas antes de continuar, uma rápida pausa para explicação: esse é o meu primeiro SXSW. Ainda estou entendendo como tirar o melhor do festival. Ele é tudo menos simples. Até pra montar sua agenda dá trabalho. São milhões de coisas pra ver e fazer. Muitas dicas diferentes e contraditórias: “vai nas palestras badaladas”, “foca nos talks mais intimistas”, “faz network”, “assiste tudo”. Estou no modo explorer. Depois do meu último dia vou fazer mais um artigo com as dicas pros iniciantes com tudo o que eu gostaria de saber antes de vir. Tipo SXSW 101. Mas o mais importante é: curte o caldo. Se não tem como evitar a onda que vai quebrar na sua cabeça, curte o caldo. Enjoy. Relaxa. Não dá pra ver tudo e tá tudo bem.
Mas voltando ao papo entre o Josh e o Peter. Acho que essa palestra era a mais badalada do meu primeiro dia (que foi o quarto dia do festival): A co-evolução da AI e da Humanidade. Primeiro dia, eu foquei na mais badalada. E não me arrependi.
Dentre diversas perguntas interessantes, Josh questionou Peter se ele deixaria seus filhos usarem o ChatGPT. Peter disse que sim, mas sob supervisão. Ele também perguntou se Pete achava que os artistas que acabam tendo seus trabalhos usados como fonte de aprendizado pelos sistemas de AI deveriam ser remunerados. Resposta evasiva do executivo mas um aceno final de “provavelmente sim”. Muitas pontas ainda em aberto. Muita coisa pra se discutir quando se trata de AI.
Ninguém sabe ainda direito a extensão do impacto da inteligência artificial. Apenas que esse impacto está apenas começando. Educação, sistema legal, criatividade, processos de trabalho, tudo vai se adaptar. E junto com isso vem uma série de riscos e viés (não é mesmo, Google Gemini?) e questões mais complexas. Por exemplo: quais os valores que a inteligência artificial deve ter.
Mas uma coisa é totalmente certa. O papel dos humanos na era da IA é o de criar um conjunto de regras para que a tecnologia possa se expandir de forma segura sem conter todo o seu potencial de inovação e disrupção. Que continuemos curiosos e evoluindo a ferramenta sempre pensando em como fazer isso de forma segura e justa. Em alguns dias volto para mais ;)
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