Elon Musk desmascarado? As primeiras impressões sobre a biografia escrita por Walter Isaacson
Com 688 páginas, livro "Elon Musk" será lançado no dia 12 de setembro
Walter Isaacson, com sua habilidade inigualável de capturar a essência de personalidades icônicas, causou um grande impacto com a biografia de Steve Jobs, lançada pouco depois da morte do visionário da Apple em outubro de 2011. O livro não apenas se tornou um best-seller instantâneo, mas também serviu como uma lente através da qual muitos passaram a ver o homem que revolucionou várias indústrias. Isaacson, que já deu vida às histórias de gênios como Albert Einstein, Leonardo DaVinci, Benjamin Franklin e Charles Chaplin, tem o dom de mergulhar profundamente nas complexidades de seus assuntos.
Dada a maestria de Isaacson em retratar figuras complexas, a expectativa é palpável em relação à sua mais recente obra, focada em Elon Musk. O magnata da tecnologia, conhecido tanto por suas inovações propostas quanto por suas controvérsias, é uma figura que divide opiniões. O novo livro, intitulado “Elon Musk” e com impressionantes 688 páginas, será lançado em 12 de setembro, e não nega o desejo de autor e editores de um repeteco do sucesso. O estilo de título e foto na capa, inclusive, busca emular o paralelo com Steve Jobs.
Enquanto Isaacson não poupa críticas a Musk, há quem sinta que o retrato pode ser um pouco lisonjeiro demais. As primeiras análises já estão surgindo, e abaixo segue um resumo do que estão dizendo. No Brasil, o livro foi traduzido por Rogerio W. Galindo e será lançado pela editora Intrínseca.
The Guardian: “Isaacson apresenta um retrato detalhado de Musk, mas às vezes pode ser excessivamente elogioso.”
The New York Times: “Uma visão fascinante dos altos e baixos da carreira de Musk, mas poderia se aprofundar mais em certos aspectos controversos.” Isaacson destaca a aversão de Musk por contrapontos. Enquanto alguns de seus subordinados acreditam que ele eventualmente cede à razão, Isaacson testemunhou a tendência de Musk de ridicularizar qualquer um que o desafie. Grimes, mãe de três dos filhos de Musk, descreve sua fúria intensa como “modo demônio”, uma mentalidade que causa caos, mas também o impulsiona a realizar.
The New Yorker: “A alienação de Musk de sua filha é triste, mas sua aparente desconexão com a humanidade é ainda mais preocupante. Sua justificativa para comprar o Twitter revela uma visão distorcida da plataforma e de sua missão. Para Musk, o Twitter é uma ferramenta para combater o ‘vírus da mentalidade desperta’ e preservar a civilização.”
Forbes: “Narrativa envolvente e detalhada, mas em alguns momentos, a obra pode parecer mais uma celebração do que uma análise crítica.”
Wired: “Leitura essencial para entender a mente de Musk, mas poderia ter sido mais crítica em algumas áreas.”
Bloomberg: “Isaacson captura a essência do que faz de Musk um inovador, mas não evita os aspectos polêmicos de sua personalidade.”
The Wall Street Journal: “Uma biografia que equilibra o gênio e as falhas de Musk de maneira magistral.”; “Após assumir o Twitter, as ações de Musk foram tão prejudiciais à marca da Tesla que membros do conselho intervieram. Seu próprio irmão, Kimbal Musk, expressou sua preocupação, alegando que Elon estava agindo de forma imprudente.”
TIME: “Uma visão íntima do homem que pode ser o mais influente do século XXI, mas que não deixa de questionar algumas de suas decisões.”
The Atlantic: “Isaacson traça um retrato completo, mostrando tanto o visionário quanto o homem falível por trás das manchetes.”
Financial Times: “Uma obra que destaca a determinação e visão de Musk, mas que também não tem medo de apontar onde ele errou.”
BBC: “Uma biografia que é tanto uma celebração das conquistas de Musk quanto uma investigação de seus muitos controvérsias.”
LA Times: “O resultado de dois anos de Isaacson seguindo Musk é um livro detalhado que explora tanto o mundo profissional quanto os recantos mais obscuros da mente de Musk. Isaacson parece fascinado por seu assunto, mas alguns críticos argumentam que o livro é exatamente a narrativa que Musk queria que fosse contada.”
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