A era do FOOH: como os efeitos digitais estão transformando a publicidade outdoor e enganando os desavisados
A mídia que combina realidade com manipulação digital viraliza nas redes e abre um debate ético na publicidade
A Barbie gigante se desencaixa em Dubai, e os cílios de um trem em Londres são pintados por Maybelline. Não, você não está sonhando; é a nova onda de publicidade CGI.
Por que isso é importante: A publicidade está entrando em uma nova era com o chamado “faux out of home” (FOOH) – ou, simplesmente, a falsa ativação outdoor – uma forma de mídia que combina realidade e manipulação digital.
Podemos considerar como uma abordagem inovadora, com grande potencial de viralizar na internet, mas também levanta questões sobre ética e responsabilidade. O engajamento nas redes só ocorre pois grande parte da audiência acredita ser verdade. Se os vídeos vierem com indicação de que são feitos com efeitos digitais, serão espalhados como grandes e impressionantes feitos de comunicação?
Detalhes:
• O Que é FOOH: Segundo a Adweek, o termo foi criado pelo artista digital Ian Padgham, responsável por vários desses vídeos. FOOH é um formato que mostra conceitos que poderiam existir na vida real, mas são aprimorados por CGI. A manipulação da Barbie foi criada pelo Eye Studio.
• Impacto nas Marcas: Marcas como Maybelline e Adidas, inclusive no Brasil, estão explorando essa técnica, criando experiências visuais únicas que capturam a imaginação do público. Por consequência, atingem milhões de visualizações e engajamento.
• Responsabilidade e Ética: Com a criação de conteúdo falso, surge a necessidade de divulgar e questionar o valor que ele traz para as marcas. A criação de conteúdo que parece real, mas não é, pode levar a mal-entendidos e até mesmo a acusações de engano. A responsabilidade de divulgar que o conteúdo é CGI é crucial para manter a confiança do público.
• Saturação: Como qualquer tendência, o FOOH corre o risco de se tornar banal se for superutilizado. A originalidade e a criatividade são fundamentais para manter essa abordagem eficaz. Porém, mais do que isso, apostaria que grande parte só sobreviverá dentro do debate “é real ou falso?”. Para muitas marcas, de qualquer forma, esse tipo de discussão (que traz engajamento) já seria o suficiente para justificar o investimento no formato.
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